terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Mensagem de fim de ano !

Reproduzindo um email que eu mandei pra galera:
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Bora povo!
2008 pra mim foi massa.
Espero que 2009 seja ainda melhor,
para mim e todos vocês que são meus amigos.
Espero que vocês botem fé no que não se vê,
para conseguir o que ainda não tem (já diria o pessoal do Vates e Violas!).
Eu vou tentar seguir meu caminho,
sabendo mais a cada dia sobre como extrair o melhor de mim mesmo...
Tomara que nossos caminhos se encontrem !
Aquele abraço do German Ray


























p.s.: de resto, deixo vocês com alguns quadrinhos
de Millionaire, Woodring, Rafael Sica, Kochalka ( e um desconhecido japonês)
pra reforçar a idéia das infinitas possibilidades que se abrem... (se clicar ampliam!)
http://www.americanelf.com/
http://www.maakies.com/archive/index.html
http://rafaelsica.zip.net/
http://www.jimwoodring.com/





Melhores 2008 : Quadrinhos

Fim de ano e mais inevitáveis listas....
Vocês já devem ter visto as listas da revista O Grito, onde eu colaboro?
Lista GERAL
Lista INDIVIDUAL
Aproveito para publicar minha listinha de melhores Histórias em Quadrinhos do ano,
dentre as publicadas no Brasil. Aliás já publicada nesse último link, que mostra a lista de cada membro do "Júri especializado". Aqui vão os comentários.

1 Ordinário
2 CHE
3 Underworld
4 Mesmo Delivery
5 All Star Superman
6 Frango com ameixas
7 Crise nas Múltiplas Terras
8 Violent Cases
9 Bubbles & Tilt




Primeiro, essa lista que eu enviei ao GRITO! é meio furada, pois "Ordinário", a coletânea de tiras do Rafael Sica, ainda não apareceu nas livrarias.
Eu sei que é estranho incluir numa lista algo que ainda não foi oficialmente lançado, mas as tiras de Sica eu acompanho sempre no site dele. Sei que o cara é um gênio.
Mas o que importa é que a tal editora Barba Negra ainda não fez esse lançamento - aliás pelo que sei, a editora ainda nem estreou (outro livro que eles iam lançar era o do Sieber).

CHE (Oesterheld & Breccia) foi lançado em cima da hora, faltando pouco para o ano acabar.
É uma coisa de louco, a arte e o roteiro são muito desafiadores e trata-se de um trabalho realizado em fins dos anos 60, pouco depois da morte de Che Guevara. Merece um texto à parte.
Quem sabe depois eu escreva?

Underworld (KAZ) já foi devidamente analisado por mim no site, algo como "Cada pequeno detalhe, cada risco numa parede, cada formato dos balões, cada pelo na barba de um personagem está ali por uma razão, porque é essencial para o clima da tira."

Mesmo Delivery (Grampá), vale acrescentar que basta folhear o livro por 10 segundos e você percebe que é uma coisa muito acima da média dos quadrinhos brasileiros, bom o bastante para causar comoção da crítica internacional, já que foi publicado lá fora também. O cara tá cheio de projetos, um deles é uma edição especial do Hellblazer...

All Star Superman (Morrison & Quitely) não me lembro quantos números sairam este ano, mas dificilmente haverá HQ de Super-herói mais emocionante que a edição 10 do (assim chamado no Brasil) Grandes Astros Superman. Morrison é uma das poucas mentes realmente pensantes nos quadrinhos Marvel/DC. Por outro lado, eu não li ainda o Batman que ele tá escrevendo também. Dizem que não é tão bom.

Frango com ameixas (Marjane Satrapi). É uma grande contadora de histórias contando uma que me toca em especial, já que eu também sou músico: um homem perde a razão de viver depois que quebram seu instrumento e não encontra outro que tenha um som à altura.

Crise nas Múltiplas Terras (Gardner Fox & Mike Sekowsky), Também já analisado num texto para o Grito!. Importância histórica e muito, muito divertido. Eu disse algo como "É, acredite, acontece MUITA coisa nestas páginas e se você se considera um apaixonado pela história dos quadrinhos, este é um lançamento primoroso e essencial. Se você quer entender melhor porque tanta crise no universo DC, ainda mais enquanto está sendo lançada nos EUA o mega-evento Final Crisis, leia de todo jeito."

Bubbles & Tilt (Tulio Caetano). A começar pelo formato grandão, um originalíssimo lançamento da Zarabatana. Uma editora que só lança coisa boa, em pequena escala.

Violent Cases (Neil Gaiman & Dave McKean). Ainda não terminei de ler, mas se trata de uma HQ cativante e a primeira colaboração da dupla Gaiman & McKean. Brilhante no modo como mostra as fugidias memórias de um menino que conheceu o médico de Al Capone, como um pretexto para as mais diversas tergiversações. Inexplicável que isso tenha ficado inédito tanto tempo.
........

Por último, não incluído na lista, estaria Promethea, de Alan Moore e J. H. Williams III. Lançada pela Pixel, eu não a incluí realmente na lista porque detestei o formato menor em que foi lançado, menor do que o formato americano, quando o traço de Williams e suas diagramações imprevisíveis mereceriam até mesmo uma ampliação do tamanho.

Outros que poderiam ser incluídos entre os melhores:


Estórias Gerais (Wellington Srbek e Flávio Colin), mas se trata de um relançamento de um álbum nem tão antigo. Muito bom ver Flávio Colin ilustrar com sua peculiar maestria um bom roteiro.

Pés de Pato - Love & Rockets volume 2 (Gilbert Hernandez) que vim a ler depois de mandar a lista e ainda não terminei. Bom que a Via Lettera lançou mais um volume, os fãs já achavam que era um caso perdido. Ele traz o cotidiano de um vilarejo mexicano para quem já está cansado dos super-heróis e do americanismo em excesso nos quadrinhos...




Gostei bastante também de uma modesta HQ (curtinha) meio fotonovela chamada "A colheita do Cramunhão", de Maurício Castro e Equipe. Lançamento da Livrinho de Papel Finíssimo Editora. Possível de se obter pelo email livrinhoeditora@gmail.com (se pudesse botaria um scan da capa ao menos).

2008 foi um ótimo ano para os quadrinhos nacionais, mas infelizmente não li muitos deles.
Ainda quero ler: Menina Infinito, Prontuário 666, Chibata!, O Cabeleleira, etc e o bem comentado quadrinho on line Muertos.

Quero ler ainda também Black Hole 2, Epilético 2, O Fotógrafo 2, etc. O Pequeno Príncipe de Joann Sfar deve ser muito bom! LOCAL, de Brian Wood e Rian Kelly, eu li o primeiro capítulo e gostei.


PIORES DO ANO

Como se sabe, eu vim pra somar e não pra dividir,
mas tem certas coisas que não me descem pela goela.

Um dos piores quadrinhos que eu li esse ano foi justamente "Os Leões de Bagdá",
mesmo sendo ele comentadíssimo e considerado uma obra-prima por muitos críticos
e tendo alcançado o 3o lugar na votação da revista O Grito!,
eu já disse aqui no blog e repito: não passa de um embuste e de uma ótima oportunidade desperdiçada para se discutir mais seriamente as questões (importantíssimas) da Guerra do Iraque.


DIVERSOS

E se for falar das coisas boas que eu peguei em sebos, velharias, vale comentar sobre o genial Eddie Campbell (sim, o que ilustrou "Do Inferno"). Foram vários números de Bacchus, que traz deuses gregos para um contexto contemporâneo de uma maneira muito, muito inteligente. Fiquei apaixonado pelos personagens e sempre acompanho o blog do autor.

Muitas coisas legais, incluindo o Sgt. Rock e o Enemy Ace de Joe Kubert - peguei uma ediçãozinha importada, não é encadernada, é só um número da revista mensal. Mas deu pra sacar que o trabalho de Kanigher e Kubert é coisa de mestre mesmo!

Peguei o FOREVER PEOPLE de Jack Kirby, uma incursão de corpo e alma aos fantástico mundo dos novos deuses - com um grande autor como Jack Kirby, esses seres fazem mais sentido. Com ele os personagens, ainda que sejam um pouco caricatos, tem uma alma.

Peguei o genial "Chapa Quente" de André Kitagawa. Baguio bom mesmo! Um raro autor completo no cenário nacional.

Tem os Sete Soldados da Vitória que eu colecionei esse ano.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

no Recife : NATAL DO IRAQUE 2008


Extra! Extra! Extra!



O fim de ano se aproxima e a alienação e hipocrisia humana chegam ao seu ápice. Mas, nem tudo está perdido, dê uma máscara de Bush para seu inimigo secreto e não esqueçam de levar um par de sapatos de reserva...






NATAL DO IRAQ 3 – A SAPATADA


Performance de Surpresa de Uva

Dj's: Evandro Q?, Milícia & Maneco, Trazom e Abelardo



Diogo Todé e Fernando Perez exibirão filmes pornôs de suas coleções


Retrospectiva fotográfica iraquiana
e
Lançamento do Single da banda Subinfected


Quarta - 24 dez - 23h
IRAQ
Rua do Sossego, 179 - BoaVista - Recife




Salvem o IRAQ!

Salvem Muntadar al-Zaidi!

E não tragam suas famílias!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

advinhe a que música pertencem as frases

o prêmio é um desejo de feliz natal.


.... unless you know the magic words ....

... going faster than a rollercoaster ....

... compro o jornal da manhã pra saber das novidade ....

... get the money motherfucker cause i got no more patience ...

... eu andava só por essa estrada ...

... dessa vida eu agradeço os desenganos ...

... so close, no matter how far ...

... vendo que aqui pouca coisa mudou ...

... tantas palavras num breve sussurrar ...

... Where do bad folks go when they die? ...

... Met a girl, fell in love, glad as i can be ....

... y asi nos reconocemos, curtidos de soledad ....

... procurei um alguém e lhe disse meu bem, você quer entrar na minha? ...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Novidades no mercado editorial de HQs

Nascimento e morte ... mas para mim ambas são boas notícias.

1)A Companhia das Letras cria um selo específico para quadrinhos...
muito bom porque é uma editora que tem ótima infra-estrutura e vai lançar algumas coisas muito boas que inexplicavelmente permanecem inéditas aqui...anunciam Chris Ware (Jimmy Corrigan), Craig Thompson (Blankets), Dash Shaw, além dos costumeiros Spacca, Will Eisner, Marjane Satrapi, art spiegelman, etc.
http://www.universohq.com/quadrinhos/2008/n12122008_08.cfm

2) A Opera Graphica anuncia o fim das atividades. Essa editora lançava até muita coisa boa, sim senhor, mas eu não gostava da forma como eles lançam as coisas - edições caras, elitizadas, e às vezes muito mal impressas e desrespeitando os formatos originais e até a diagramação dos quadrinhos.
http://www.universohq.com/quadrinhos/2008/n17122008_01.cfm

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Alguns pensamentos sobre Tomorrow Stories de Alan Moore

Segura que o texto é longo!

Para muita gente pode ter parecido estranho quando o roteirista Alan Moore, na aurora do seu universo da America´s Best Comics, lançou uma revista mensal com histórias curtas, auto-contidas, com um toque forte de paródia, humor e experimentação. Afinal, o cara se notabilizou por grandes sagas "sérias" como Watchmen, Do Inferno, etc. Mas quem acompanha a carreira de Moore talvez saiba que ele começou na Inglaterra fazendo tiras e depois histórias curtas para revistas como a 2000 AD. E consta que ao longo de sua carreira nunca deixou de experimentar com esse formato de HQs curtas, em parcerias com ilustradores mais alternativos, em publicações igualmente alternativas. E no topo da sua lista de quadrinhos preferidos, entre suas maiores influências, ele costuma citar revistas e séries de HQs curtas: The Spirit (de Will Eisner), os primórdios da revista MAD (quando Harvey Kurztman fazia os roteiros) e uma antologia dos anos 1970, ARCADE (com Robert Crumb, art spiegelman, Kim Deitch, Justin Green, etc.).

A 1a edição da revista Tomorrow Stories surgiu em outubro de 1999, e continha quatro HQs curtas de seis páginas, cada uma estrelando personagens diferentes. Cada personagem tinha um clima específico e o seu ilustrador-padrão. Cobweb era uma oportunidade de brincar com os fetiches de uma combatente do crime e sua parceira em relação lésbica, e era ilustrada por Melinda Gebbie, antiga militante do universo underground, e eventualmente esposa de Moore (também parceira em Lost Girls). Era das séries, a que mais explorava estilos artísticos diferentes, inclusive nos últimos números, desenhistas diferentes. Jack B. Quick por outro lado, era um menino gênio de um ambiente rural puritano dos EUA, que como diria a galera da Sessão da Tarde, aprontava as mais loucas confusões com suas invenções científicas. O desenhista era sempre o ótimo Kevin Nowlan. Greyshirt era basicamente uma homenagem ao The Spirit, com várias experimentações na narrativa, embora o temperamento linha-dura do personagem lembrasse mais O Sombra ou algum personagem do tipo. O ilustrador era o parceiro de longa data, Rick Veitch (colaraborou com Moore em o Monstro do Pântano, Supremo, etc.). Já a dupla First American e U.S. Angel deixava explícita a sátira aos super-heróis e a aspectos do modo de vida americano, em geral. Eram desenhados por outro antigo colaborador, Jim Baikie (Moore assinou com ele uma de suas primeiras sagas: Skizz). A adição tardia ao time de personagens veio com Splash Brannigan, um ser totalmente feito de tinta nanquim, que servia para satirizar inclusive os bastidores da indústria dos quadrinhos. Os desenhos eram de Hilary Barta.

No começo da linha ABC, Moore pretendia dar ao mundo um universo variedade de estilos, cheio de novas possibilidades, mesmo que essas possibilidades fossem muitas vezes uma releitura de antigas propostas... As antologias apresentando tramas curtas, vários desenhistas eram mais comuns antigamente, e hoje em dia estão um pouco em desuso, pelo menos no mainstream. Antigamente, inclusive, se faziam antologias coletando diversas de jornal, o que foi dando origem ao formato "comic book" como o conhecemos. Na verdade, no começo dos anos 80, Alan Moore até já quis experimentar um formato desses com personagens do Universo DC (houve uma proposta dele nesse sentido, antes do lançamento de Watchmen). Eu imagino também que foi uma oportunidade de experimentar narrativas diferentes, com artistas diferentes, e dar trabalho e visibilidade a velhos comparsas como Jim Baikie, Rick Veitch e Melinda Gebbie.

Tomorrow Stories foi uma série que não emplacou muito, talvez tenha parecido humorístico demais para o leitor de super-heróis e complexo demais para o leitor da MAD (revista que há muito tempo deixou de ser explicitamente quadrinhos). Foram somente 12 edições nos EUA.

Eu acabo de ler o volume importado que coleta as seis últimas edições, de 7 a 12. Vou tentar fazer alguns comentários basicamente sobre esse volume, embora possa fazer referência a outros que eu li quando saíram no Brasil (por aqui lançaram pelo menos até o número seis, pela Pandora Books).

Sobre Splash Brannigan, a conclusão a que chego é que por mais que Alan Moore seja bom no humor, ele ainda não é Harvey Kurtzman... nem o Hilary Barta se compara ao time da antiga MAD. Há vários momentos de brilho, mas em geral, o quadrinho seria mais forte se o estilo do desenhista fosse mais autêntico e menos uma diluição de Wally Wood e Will Elder... Ainda assim o resultado final é bastante positivo. Em "A Bigger Splash", o herói entra no mundo das galerias de arte, com muitas citações e brincadeiras metalinguística, que exigiram certamente muita habilidade do desenhista para brincar com os estilos... outros episódios brincam com as convenções de quadrinhos, a indústria da música e do cinema, etc.

As HQs da Cobweb tem um alto grau de experimentação com estilos. Talvez a minha preferida seja a belíssima estória em que Cobweb vai para o espaço... No número 5, há uma história em forma de colagens surrealistas, a história da primeira edição tem uma parte meio fotonovela, outra apresenta-se como uma tira dos anos 30 ou 40.... A arte de Melinda Gebbie é, em geral, a mais pessoal de toda a Tomorrow Stories, embora possivelmente não vá agradar nada aos leitores de super-heróis, e sim aos leitores de quadrinhos alternativos e underground. Nos últimos números, Alan Moore chamou uma das mais peculiares desenhistas dos quadrinhos alternativos americanos para fazer a arte de duas estórias da Cobweb. Foi a artista Dame Darcy, cuja estilo mais simplificado, infantil, caiu como uma luva para uma estória envolvendo personagens de contos de fadas e outra sobre a vida no futuro. Essa última HQ traz um dos roteiros mais originais de Moore nessa revista, sem dúvida um dos pontos altos. Há também uma HQ dela desenhada por uma bastante inexpressiva Joyce Chin, mas esqueçamos isso....

Greyshirt é um bom personagem e muitas de suas estórias envolvem experimentações, não no estilo artístico, mas sim na diagramação e na narrativa. Teve lá seus altos e baixos... algumas histórias são brilhantes neste volume, especialmente na genial “Hit and Run”, que é como se fosse um filme em que a câmera se encontrasse fixa na visão subjetiva do motorista de táxi. A diagramação com quadrinhos longos horizontais e o plano não mudam até o final da HQ. “Thinx” é outra Hq de destaque, com sua narrativa muito bem montada, onde nada é o que parece, e o uso preciso da linguagem e dos balões de pensamento (saiu por aqui num número da Pixel Magazine, aliás). Mas muitas outros episódios do personagem são fracos, uns porque tem roteiros fracos mesmo e também porque nem sempre o traço de Rick Veitch se adequa bem ao tipo de narrativa. Ele é um desenhista até elástico, mas cujo estilo às vezes fica artificial demais, sem vigor.


First American & U.S. Angel estão entre os personagens mais consistentes da revista. Em geral suas Hqs conseguiram manter um nível sempre bom, sempre divertido, e sempre com desenhos de Jim Baikie – que não é nada fora do feijão com arroz, pode falhar em alguns quesitos, diagramações meio confusas, mas tem um estilo próprio, natural, adequado às histórias. Os personagens de Baikie tem uma expressividade sobretudo em relação aos gestos, à postura corporal. As sátiras feitas aos documentários de televisão, à eleição presidencial, à “Quero ser John Malkovich”, às origens dos super-heróis, são ótimas, mas para mim o ponto alto é o resumão da história do século XX... Assim como Splash Brannigan, é bastante influenciado pelas sátiras da MAD e por Harvey Kurtzman. O american way of life é o grande alvo das piadas da série.


No mais, Jack B. Quick é o personagem que aparece menos, e é possivelmente o mais querido de toda a série. Deve ser complicado bolar as estórias dele, ou certamente Alan Moore teria inventado mais algumas – mesmo que sejam gozações, requerem um pouco de familiaridade com conceitos científicos. A identidade visual do personagem fica sempre por conta de Kevin Nowlan – inclusive arte-final e letreiramento, e a sintonia entre arte e roteiro é perfeita. As Hqs dele não são tão verborrágicas como algumas outras de Tomorrow Stories, a diagramação é bem simples, a virtuosidade dos desenhos fazem a “Suspensão da descrença” funcionar muito bem. Neste volume, existem duas histórias dele, a mais genial delas é “The facts of life!” (também saiu na Pixel Magazine), na qual Jack tenta descobrir e evitar os problemas da puberdade. Genial. Taí um personagem que deixou saudade.... De certa forma, são as histórias que narrativamente são mais quadradinhas, mas as tramas são tão absurdas que a gente tem certeza de que nunca leu nada igual!

Então, esse é o saldo de Alan Moore em Tomorrow Stories: muitas opções de estilo, muitos acertos, alguns erros feios, mas no geral é uma rara iguaria de um escritor talentosíssimo mostrando sua versatilidade. Seria legal ver mais coisas assim nos quadrinhos, coisas que brincam com o lugar comum, propostas realmente diferentes... pois é, não é qualquer roteirista que consegue dar conta de uma revista dessas. Mas bem que o pessoal poderia tentar.


sábado, 6 de dezembro de 2008

anotações para mim mesmo 122008

HQ

Será que só eu achei as cores do Sandman (a versão da Pixel no Brasil, com a nova coloração da linha Absolute) um desrespeito à obra original e mais do que isso, ruins de doer mesmo, mal-feitas ?
Na imagem, a de cima é a recolorida e a de baixo é a original.


A recolorização de Watchmen, para citar outro exemplo da DC, foi feita pelo colorista original, John Higgins, que só fez corrigir alguns defeitozinhos, dar um grau para deixar mais próximo às intenções originais. Essa do Sandman quis "atualizar" as cores... ficou sem personalidade. O problema é todo esse! E mesmo não há sintonia com a arte de Sam Kieth e Mike Dringenberg. Acho que teriam que refazer os desenhos também se fosse pra mudar mesmo... É como um remake feito pela metade.

Esse problema de colorização mal feita é preocupante... tira o tesão de ler muitas HQs. Mais "moderno" muitas vezes quer dizer inexpressivo, trabalho de gente sem estética e cheia de apetrechos computadorizados... Dá pra fazer coisas ótimas com o computador eu sei, mas tem que saber usar... conheço muita gente que pinta bem com pincel, mas quando vai pro computador faz coisas berrantes, cheia de efeitos bregas.

Não gostei das capas também... nem do formato - esse formato da Pixel, meio continuando uma tradição da Devir, eu acho infame e caro demais ! Era pra ser uma edição mais "acessível", inclusive dividiram o material de Prelúdios e Noturnos em duas partes, mas...

Gosto até do material que eles lançam - mas não da maneira como é lançado. Falando de Alan Moore, "Promethea" mesmo achei totalmente broxante o tamanho... é um material que mereceria, ao meu ver, uma edição mais caprichada, não precisava ser a capa dura de "Lost Girls" (cujo conteúdo eu acho até inferior), mas poxa... mais respeito...
hahaha só reclamações !


...

MÚSICA


Três coisas que vou procurar ouvir, parecem interessantes:

1) O novo disco do Pélico - uma total incógnita pra mim, que nem conheço nada anterior dele.
Foi bem falado, pelo Claudio do Trama Virtual e Descobrindo Bandas, e também mais pertinho, pela Raissa Pidona de Discos
http://www.myspace.com/pelico

2) Stela Campos cantando Daniel Johnston
http://www.myspace.com/stelacampos

3) Novo disco do Instiga
http://www.instiga.com/



quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

pra quem tá no Recife: Sabiá e Dunas


Segura essa
2 shows instigantes pra vocês no sábado !
Atenção para o horário...
depois não digam que eu não avisei.

Sabiá Sensível & Dunas do Barato
Dia: SÀBADO (dia 06 dezembro)
Horário: a partir das 15h

Local: QUINTAL DO LIMA
Endereço: Rua do Lima, Santo Amaro, Recife.
Entrada: R$ 5




mais explicações:

www.myspace.com/sabiasensivel

www.myspace.com/dunasdobarato


domingo, 30 de novembro de 2008

Howling Hex 2008

começam a aparecer listas de melhores do ano.
pelo menos a do Descobrindo Bandas já apareceu.
Muita coisa que eu ainda não ouvi.
Coisas que eu ouvi e achei apenas medianos, como o do Beach House (o 1o é bem melhor), o TV On The Radio (o 1o é disparado melhor, esse Dear Science tem que comer muito feijão ainda!) ou que achei ruim mesmo (caso do M83).
Coisas que eu quero muito baixar e ouvir (assim que meu computador melhorar): Atlas Sound, Deerhunter, Fleet Foxes. São sons que já ouvi no MY SAPECA e acho que tem potencial para serem grandes discos.

Mas quero falar de uma banda, que parece que só eu conheço.

parece que só eu levo a sério o Howling Hex.
Tudo bem... é uma banda meio vagabunda, fazem muita porcaria,
mas quando acertam eles fazem coisas maravilhosas.
Tô louco pra baixar o disco deles, Earth Junk (2008). As 2 que eu ouvi, "No Good Reason" e "Contraband and Betrayal", são chapantes, pelo menos são o meu tipo de som.

Se brincar talvez seja um disco tão bom quanto "You can´t beat tomorrow" (de 2005, acho).
Se isso for verdade, bem capaz de ser o meu disco do ano...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

desenhos do Johnston


um pouco mais de Daniel Johnston.



czbhcb



















ele tem uns desenhos muito bons....
impressionantes.

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xcgvx


Esses e outros desenhos eu peguei no MY SAPECA dele.
http://www.myspace.com/dannyjohnston

Ah, e eu acabei de postar no blog do meu amigo a letra de "Casper The Friendly Ghost", mais fotos, vídeo e algumas considerações sobre a música.

QUeria ter postado esses aqui também,
mas esse sacana não deixa a gente salvar as fotos dele do Flickr... meu amigo tentou me ensinar a usar o Print Screen.
esse desenho do pé chama muito a atenção, é diferente...
http://www.flickr.com/photos/7897021@N05/473111586/
http://www.flickr.com/photos/7897021@N05/473111568/

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Daniel Johnston - Story of an artist

estava louco pra encontrar no Youtube um vídeo de Daniel Johnston cantando "Tongues wag in this town"...
acho a música uma das melhores comp0sições dele, está no disco que ele fez em parceria com o Jad Fair. Inclusive procurei a letra da música e não encontrei. Uma pena.

As composições dele tem sempre uma qualidade meio assombrada, são meio dolorosas, intensas demais.... Às vezes as gravações são tronxas e toscas demais até para quem, como eu, está acostumado a ouvir Guided by Voices...

Baixei recentemente o "The Devil and Daniel Johnston".... documentário impressionante sobre a trajetória do artista e seus problemas de personalidade, surtos, religiosidade, paixão platônica. O documentário usa criativamente imagens de arquivo, animações, além das habituais entrevistas.

a seguir alguns trechos retirados do filme!

STORY OF AN ARTIST - Daniel Johnston
muito bons esses filminhos caseiros que ele fazia... criatividade saindo por todos os poros.
http://www.youtube.com/watch?v=L_RbSAwMa3U
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Neste trecho ele fala sobre a grande paixão de sua vida. Ele teve bom gosto, eu também me apaixonaria por ela. Laurie se casou com um dono de funerária, algo assim, ainda nos anos 80. Mesmo assim Daniel criou inúmeras músicas para ela.... se tornou uma obsessão...O cara deve sonhar com essa mulher até hoje. Alguém afirmou no documentário que faz parte da natureza de Daniel cultivar esse tipo de amor impossível.
http://www.youtube.com/watch?v=i_jXInP4dj8&feature=related

Dá pra encontrar no Emule fácil o longa, acho que ainda não tem lançamento oficial no mercado brasileiro, mas enfim procure que vale muito a pena. O documentário me lembrou o "Crumb", de Terry Zwigoff, especialmente porque eu relacionei um pouco a loucura de Daniel com o do irmão de Robert Crumb, o Charles, aliás é outro documentário fuderoso.

that´s all folks!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

uns sons retrô pop de Portugal

Esse post vai em homenagem ao meu irmão e a Zalma, que me mostraram esses sons.

Carlos Paião - Playback
uma preciosidade esses caras coloridos cantando... bonito mesmo o figurino!
o som parece coisa do fim dos 1970, meio discoteca new wave com arranjos de cordas.
Muito legal.


http://br.youtube.com/watch?v=Q9E9K7Dkb4s

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AS DOCE - Bem Bom
um clipe bem desbunde, bem criativo e cheio de informação.
Um tema bem comum à época, tipo uma coisa meio Odara, dá 1, dá 2, dá 3, dá 4, dá 5 horas da manhã e o casalzinho conversando sobre a preservação das tartarugas marinhas.

http://www.youtube.com/watch?v=AurYn26SYRc

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um pouco mais atual, mas nem tanto:
Zé Cabra - Deixei tudo por ela
Inacreditavelmente tosco esse cara, chega a ser divertido.
"Eu deixei minha vida, tão bonita e singela..."

http://br.youtube.com/watch?v=WRWh7F9YDOQ

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domingo, 9 de novembro de 2008

Secretária _ Amado Batista

SECRETÁRIA - Amado Batista

"Ela chega tão meiga e tão bela,
Puxa as cortinas e abre as janelas,
Sempre com a mesma delicadeza,
E depois na sua sala ao lado atende o telefone e anota os recados,
E coloca sobre minha mesa,
Está sempre muito sorridente trata bem todos meus clientes,
Para ela não há sacrificio,
Porém meu coração não quer entender,
O que ela faz com tanto prazer é um dever do seu ofício
Secretária que trabalha o dia inteiro comigo
Estou correndo um grande perigo de ir parar no tribunal
Secretária as vezes penso em falar contigo
Mas tenho medo de ser confundido por um assédio sexual"

eu ouvi pela primeira vez no show de Amado Batista, no Festival de Inverno de Garanhuns.
Esse show foi um dos mais emocionantes da minha vida, talvez só tenha perdido pro Waldick Soriano e pro Stephen Malkmus.... sei lá.

Eu chorei.

Agora descobri esse clipezinho... aviso logo que é uma coisa totalmente despretensiosa, não acontece muita coisa, são só as duas crianças em cena até o fim do vídeo.
Mal iluminado também.
Mas é tão singelo que chega a ser emocionante.
Lembra um pouco um trabalho que estou fazendo: o já anunciado clipe de "Maria Eugênia" que eu estou editando.

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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

aguardem


faz tempo que eu não me pronuncio aqui...
mas tenham paciência!

ah sim....
agora é pra valer:
"Maria Eugênia" está quase pronto e tá ficando lindo.
Será o primeiro clipe do Sabiá Sensível.

Previsão de lançamento é para o começo de dezembro, de preferência no Festival de Vídeo de Pernambuco. De preferência levando um prêmio.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

lendo alguns formatinhos

Um dos problemas principais dos quadrinhos, ou pelo menos das histórias em quadrinhos que a maioria tem acesso, publicados pelas grandes editoras ocidentais de quadrinhos (Marvel, DC, Disney, etc.) é que eles se baseiam em estereótipos para agradar um "leitor médio" e isso termina dando um gosto de monocultura aos produtos dessa cultura de massa....

Assim, acaba gerando em algumas pessoas uma visão generalizada de que o quadrinho é ruim, apenas porque não foram apresentadas ao melhor que o meio pode oferecer.

Esse tema vem aparece porque recentemente encontrei um texto do grande Hector German Oesterheld, em defesa dos quadrinhos...

http://thecribsheet-isabelinho.blogspot.com/2008/10/hectr-germn-oesterhelds-and-others.html
aliás, excelente blog do Isabelinho...

e também comprei uma leva de revistas formatinho, basicamente da Marvel e DC, uma overdose que me deu certo enjôo dessa visão de mundo... certo, os quadrinhos de super-herói, quando bem feitos, podem ser maravilhosos! Não me deixa mentir o recentíssimo All Star Superman de Grant Morrison & Frank Quitely. Acontece que a maior parte das vezes, os roteiros dessas super-HQs se baseiam em confrontos físicos entre superseres, com algumas tramas relacionadas às identidades secretas (em geral, a profundidade dos diálogos está abaixo do nível dos adolescentes ou parece coisa de novela de TV).

Cada vez mais sei que a obra de arte é boa quando consegue ultrapassar os estereótipos e alcançar um tom mais universal. Isso vale para filmes, discos, livros, quadrinhos, para tudo... Pode parecer datada a conversa de que os quadrinhos são uma mídia essencialmente masculina, mas isso ainda poderia explicar muito da falta de identificação das mulheres e de muitos homens com os quadrinhos de super-heróis - há destaque demais para as batalhas e os crimes, pouco espaço para mostrar mães criando seus filhos... ou ainda mais simplesmente, falta esses homens-roteiristas-desenhistas retratarem seu universo com mais sinceridade, menos fantasia adolescente... (mas deve-se dizer, algumas vezes a grandeza de uma obra pode vir do fato dela expressar de maneira visceral uma visão masculinamente raivosa de mundo - a música do Nirvana ou Black Flag pode expressar bem isso. Na real cada caso é um caso.)

Grande parte das limitações vem do pressuposto de se lidar com um público infanto-juvenil, o que é cada vez mais distante da realidade - o consumidor médio de quadrinhos vem envelhecendo.

Mas vamos a exemplos práticos, algumas revistas recém-adquiridas. Vai ser tipo uma resenha bem curta voltando a alguns dos temas discutidos acima.

Força PSI 7 (Ed. Abril)


Essa é uma das revistas que mais tomam poeira nos sebos. Fazia parte de um tal "Novo Universo", uma jogada mal sucedida da Marvel Comics durante os anos 80. Ainda não terminei de ler, aliás, mas li a HQ do Estigma, que foi a razão de comprá-la: pois alguns anos depois, John Byrne fez um interessante arco de histórias com esse personagem.

A vida pessoal do personagem está em primeiro plano. Há alguma ação, terroristas aparecem, o Estigma vai atacar uma base militar na Líbia (interessante: apesar disso, a discussão política é inexistente), mas o que eu gostei foi de ver o personagem principal lidando com as duas mulheres da sua vida (ainda aparece uma terceira, para vocês terem uma idéia da rotatividade do cara). Um dos conselhos que ele recebe "Olhe, esqueça a Barb e a Deb e trate de aproveitar a vida! Saia com outras garotas!". O roteiro é de Jim Shooter, com desenhos de John Romita Jr. e arte-final de Al Williamson.

X-MEN versus VINGADORES (Ed. Abril)


Essa me fez lembrar o quanto era bom o Marc Silvestri, antes de querer imitar Jim Lee. Eu já tive esse gibi e comprei de novo por um saudosismo besta. Realmente não é grandes coisas não, apesar do Silvestri. Porque acho que 60% é só luta... e tem uma ridícula super-equipe russa. A parte de interesse humano vem através de Magneto, clássico vilão, que na época tinha se aliado aos X-men. Um tribunal internacional está prestes a julgá-lo por seus crimes, e ele tem a possibilidade de usar um dispositivo para remover telepaticamente o preconceito contra os mutantes - e enfrenta o dilema moral de usar ou não usar esse recurso. O roteiro é de Roger Stern e Tom DeFalco, desenhos de Marc Silvestri e Keith Polard, a arte-final é de Josef Rubinstein.

DREADSTAR 1 (Ed. Globo)

Ainda não li a HQ principal, li uma história curta do Aldo Gorney & Farquat. É uma HQzinha bem despretensiosa e apenas mediana, assinada por Bernie Wrightson. Gosto dela porque o personagem é um sábio que resolve problemas com a inteligência... e também porque adoro estórias curtas e despretensiosas. Esse Bernie Wrightson é estranho. Como ele consegue fazer coisas tão legais - como esse trabalho humorístico com o Aldo Gorney, ou a primeira HQ do Monstro do Pântano, ou seus antigos trabalhos de terror, em geral - e depois fazer coisas abomináveis como Batman - O Messias ?

DC 2000 4 e 16 (Ed. Abril)

Comprei basicamente pelo Homem-Animal de Grant Morrison. Tem muita gente que idolatra o trabalho de Morrison nessa série. Não acho que seja tão bom assim, embora ainda não tenha lido tudo. Essa HQ do n.4, eu já tinha lido há muito tempo - é outra que eu comprei um pouco por saudosismo. Tem um encontro com o Super-homem que de alguma forma me marcou muito - eu lembro de uma frase sempre, "Engraçado como as coisas se encaixam". Na verdade, com os desenhos de Chas Truog, as coisas ficam meio capengas. Eu estava refletindo - deviam ter chamado para esta série alguém que desenhasse bem animais. Ou alguém que simplesmente desenhasse bem! Truog simplesmente sumiu depois disso - eu me pergunto o que terá acontecido a ele. O estilo fica parecendo meio Turma de Mônica às vezes - quero dizer, é gritante como parece inadequadamente artificial, comparando com o roteiro... será que foi o Morrison mesmo que chamou esse cara pra desenhar? Pode ter sido intencional, considerando o final metalinguístico da série.

No número 16, temos a história de origem do Homem-Animal, um pouco no estilo do que Alan Moore fez com o Monstro do Pântano (quando Abby tem um sonho que reproduz a primeira história de Len Wein e Bernie Wrightson, 1971). É uma estória dentro da estória, sendo que no caso do Homem-Animal é um remake feito por Morrison e Tom Grummett.

Digno de nota: tem uma história simpática do Sr. Milagre também nesta edição, por J. M. DeMatteis (roteiro) e Ian Gibson (arte). É interessante tanto pelo estilo bem-humorado com que trata o Pai Celestial e pela arte de Gibson, que colaborou com Alan Moore nos primórdios, em Halo Jones. Curiosamente, há uma outra HQ de DeMatteis na revista, do Sr. Destino, que não consegui ler até o final (o desenhista Shawn McManus fez um trabalho ruim).


Por hoje é só, depois tento postar outras "fast críticas" dessas se puder...



sábado, 4 de outubro de 2008

Blogs amigos

Só dando aquele toque :
os blogs Pé de Cachimbo e We Are Disabled tão com textos e bagulhos interessantes.

Domingos tá atualizando o blog com mais frequência,
com posts bem legais, coisas pra download, e tipo tem um disco que ele me mostrou,
o Akron/Family, que é muito bom, recomendado.
Sem falar na impagável coleção de "capas" de fita dele....
http://yonkipur.blogspot.com/

Já o We Are Disabled veio numa vibe velharias.
Tem música italiana.
Enio Morricone, Piero Umiliani, etc.
Tem americanos tipo Burt Bacharach, Otis Reding e Lee Hazlewood.
http://www.wearedisabled.blogspot.com/

Divirtam-se!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Forever People

Passei esses dias entretido com algumas novas (velhas) histórias em quadrinhos. Especialmente com "Forever People" de Jack Kirby, "Visões de 2020" de Jamie Delano e Frank Quitely, "Sgt. Rock" de Kanigher e Kubert.

Forever People é uma das revistas que Jack Kirby quando saiu da Marvel e começou a trabalhar novamente com a DC, em 1970. Eram várias revistas em que ele fazia roteiro, arte e edição, com sua energia prodigiosa e imaginação infinita. Estes títulos formavam o chamado "Quarto Mundo" (Fourth World), uma explosão de novos personagens e conceitos. O personagem que se tornou mais famoso foi justamente o vilão da saga, Darkseid. "Mister Miracle", "New Gods", "Forever People" e "Jimmy Olsen" se interligavam, mesmo indepentes, e mostravam a evolução de uma grande história. Mas para tristeza de Kirby e dos fãs, a DC resolveu parar com as publicações, que não obtiveram o retorno finaceiro esperado.

De certa forma, essas revistas foram um precedente para a grandiosa saga interligada "Sete Soldados da Vitória", de Grant Morrison, que consistia em sete mini-séries indepentes.

Ironicamente, Morrison teve seu pior momento na mini do Senhor Milagre, um dos personagens de Kirby. O roteiro, que pretendia reformular o conceito do Quarto Mundo, foi simplesmente pífio, e a arte ficou muito abaixo do nível das outras minis que compunham a saga (com exceção para o número desenhado por Pascual Ferry). No entanto, Morrison obteve sucesso absoluto ao revitalizar duas outras criações de Kirby, o "Guardião de Manhattan" e "Klarion, the witch boy" (os pontos altos, junto com Frankestein).

Forever People talvez seja inédito no Brasil. Se houver alguma edição desse material, deve ser muito antiga, perdido em revistas da Ebal ou coisas do tipo. Outros títulos dessa fase de Kirby foram publicados aqui, como Novos Deuses e Senhor Milagre. Mas vale salientar que essa edição importada de Forever People que eu peguei tem vantagens muito fortes em relação a essas publicações recentes da Opera Graphica. Porque ela é respeita o formato americano original, enquanto estas outras diminuem o tamanho das páginas. E também porque ela vem com tons de cinza (as séries não foram feitas para publicar em preto e branco chapado, como nas edições da Opera Graphica, mas sim em colorido, e os tons de cinza dão uma idéia mais próxima do resultado original.) Além, é claro, do texto original.

Triste saber, no entanto, que a DC Comics na época fez interferências nesse trabalho. O Superman que aparece no primeiro número foi redesenhado por outra pessoa. E forçaram Kirby a incluir uma participação do Desafiador (Deadman) que, aliás, fica péssimo no traço dele.

Ah, e acabo de descobrir um link interessante sobre o criador:
http://jackkirbycomics.blogspot.com/
http://kirbymuseum.org/blogs/kirby/

por hoje é só, folks!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Entrevista: George Belasco & O Cão Andaluz

Depois de algum tempo consegui que o George me respondesse (nem lembro mais quando mandei as perguntas, mas já fazem meses!) e assim finalmente a entrevista está pronta aqui no Não Se Restrinja Ninja.


Trata-se de uma das minhas bandas favoritas no atual cenário brasileiro. O último lançamento deles, ao qual me refiro na entrevista, foi o excelente EP "Olhos são moscas atrás de nós" (Download altamente recomendado!)





SITES:
http://www.myspace.com/caoandaluz
http://belasco.oktiva.net/

1. Quantos anos você tem e há quantos anos existe a banda? já teve outras bandas?

28 anos. Sim, já tive outras bandas. O nome George Belasco veio por causa da outra banda que eu tinha, chamada Belasco. A sonoridade era mais puxada pro indie rock e pra cousas tipo as bandas presentes nas primeiras coletâneas Nuggets. Toquei como músico de apoio nas bandas Zefirina Bomba (PB), onde fui baixista e baterista por 4 meses, e Astronauta Elvis (MS).

2. Descreve aí como são as apresentações? Qual o lugar que você sente mais orgulho de ter tocado? Você está satisfeito com a quantidade e qualidade dos shows?

Ah, as apresentações são algo mais próximo de happenings, uma vez que temos um setlist não-uniforme. Certas canções não têm letra definida e são momentos de experimentação linguística-poética, como é o caso de Inacabada. Outras se extendem às vezes num acesso de psicodelia ou são adaptadas ao momento que estamos vivendo coletivamente. Sinto muito orgulho de ter dividido palco com o The Nation Blue, da Austrália, na edição 2007 do Festival Ponto.CE. Os caras vieram falar conosco no final da nossa apresentação e fizeram algo que, acredito eu, vai para além da rasgação de seda. A qualidade dos shows tem crescido dada a pouca quantidade que temos feito. Não paramos ensaiar, mas como temos uma vida real com necessidades reais (faculdade, pesquisas, elaboração de projetos, empregos e vida pessoal), damos à banda um valor simbólico que não é o do empreendimento sujeito a pressões mercadológicas. Não somos uma empresa, não somos um bar, não somos um centro cultural; somos três caras guiando as próprias vidas com a trilha sonora que nós mesmos fazemos.

3. Este EP diz todas as músicas são compostas e executadas por "George Belasco", se refere à você especificamente e não à banda, certo? Como é que funcionam as gravações, é estúdio caseiro, você pega e fica retrabalhando no computador, etc?

Dada a falta recorrente de grana pra injetar na banda, aliada ao grande desejo de experimentação, utilizo tecnologias de baixo custo (PCs caseiros) pra dar vazão ao que vier somar às composições. Não posso exigir dos meus colegas de banda (Lucas Jereissati e Leo Mamede) que passem cinco horas de frente pra um monitor escolhendo qual a melhor combinação de sintetizador pra 6 segundos de música. [risos]

4. Como você se sente em relação à música do Ceará? A cena atual, as figuras lendárias dos anos 70?

Me sinto descolado dessa realidade, uma vez que não falamos de estética da fome, não comungamos com os ideais da música que se propõe hegemônica -- e aqui não falo do forró eletrônico que domina as rádios populares, mas da mpb beira-mar que subsiste pela injeção de dinheiro do poder público -- e tampouco penso no rock como um estilo contestador. A cena atual tem muito dessa coisa de acreditar numa contestação vazia do "rock estilo autoral". Bobagem. Boas idéias são mais interessantes, dado seu aspecto viral; uma boa idéia contamina as pessoas que entram emcontato com ela.

Sobre as figuras lendárias, você mesmo disse: são lendas. Prefiro Sacis, Curupiras e Bois Tatás.

5. Diga umas 5 bandas atuais, nacionais ou internacionais, que assim como o Cão Andaluz, vale a pena escutar e ainda são pouco reconhecidas.

Gostei bastante do Vampire Weekend, com disco homônimo lançado este ano. Outra que é bem boua é o Animal Collective, que toca no país até o final do ano. Dos nacionais, indico: 1. o Jan Felipe (RJ) ( myspace. com/janfelipe), que conheci aqui no Myspace mesmo. 2. Guizado (SP) 3. Burro Morto (PB ou SP?) 4. Meu Amigo Imaginarium (CE)

6. Você disse que as gravações do álbum tinham sido canceladas, sei lá, como ficou a situação? Voltaram a gravar, vão voltar a gravar? Quando lançam o disquinho? Quantas músicas serão? adianta as tracks!

Estamos sempre em processo de gravação. Tenho material no computador pra fazer pelo menos dois discos da banda e um "solo", se é que a palavra cabe numa banda como o Cão Andaluz. O rumo das coisas está meio que ao sabor do vento porque agora não é o momento. E quando será? Pra frente, sempre pra frente.

¿Trax? Despues... George Belasco

...

Valeu, George, estaremos ligados esperando os lançamentos do Cão Andaluz.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Molotov 2008

Só um comentário tardio sobre o Coquetel Molotov 2008: eu não vi direito os shows!

Os que eu assisti integralmente e com mais calma foram o do Cidadão Instigado e o do Monodecks (este último na mostra paralela Play The Movie).

Cidadão entrou de última hora no programa do festival, devido a uma treta com o Vanguart.
Foi uma troca boa, um bom show. Eu acho apenas que nem tudo da proposta musical de Catatau e sua banda é digerível, não porque seja experimental demais, mas apenas porque falta um pouco de emoção e verdade na performance musical. Soa como se ele quisesse ser esquisitinho cult... Mas teve muitos bons momentos.

O Monodecks fez um belíssimo show tocando suas músicas no cinema da Fundação, enquanto a tela mostrava imagens do filme PI, de Darren Arforkfjiwekski (ou algo assim). Achei excelente, principalmente porque evitaram os clichês mais tediosos do indie-pós-rock (tá, uma ou outra música podem ter resvalado em algum clichê, mas no todo foi uma apresentação do c... e bem sintonizada com o filme.)

No mais, gostei bastante do Guizado, Burro Morto, vi três músicas de Marcelo Camelo e até gostei (para minha própria surpresa). Inclusive baixei o cd do cara, para ouvir de novo as músicas que gostei no show, principalmente a do assobio, "Doce Solidão" - boa pra carai, apesar de quando vi a palavra "Solidão" no título achei que ia ser horrível. Ainda não formulei uma opinião sobre o "Sou", mas mando aí o link para baixar: download aqui. Ah, e tem uma crítica espirituosa sobre ele, feita por Yuri Bruscky no site da Continente.

PS: Não fui o segundo dia, mas em compensação vi Mallu Magalhães no show de Camelo, e estava fazendo meu próprio show em Olinda. Depois eu devo postar algum vídeo no Youtube do Sabiá.

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Tá aí o Monodecks com "preto velho":
http://www.youtube.com/watch?v=ld9KgkeVrhg

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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Paintbox

Esse blog presta uma homenagem tardia ao grande Richard Wright, tecladista do Pink Floyd que morreu semana passada.

Dentro da banda, ele não era o mais prolífico, mas suas composições tinham uma qualidade impressionante.

Deixo vocês com Paintbox, bem característica dos primeiros anos do Floyd. Um clipe bem legal. Pouca conhecida, a canção consta da coletânea Relics (que tem outra bela música só dele, "Remember a Day").

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Vá no SABIÁ SENSÍVEL neste sábado dia 20 setembro!

É nóis total, neste sábado dia 20 vai ter show do Sabiá Sensível.
Esta banda na qual eu toco violão e canto, é simplesmente tudo que você sempre sonhou!
Agora estamos oficialmente com MY SPACE.
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http://www.myspace.com/sabiasensivel
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O show vai ser em Olinda, no famigerado Bar do Déo, Largo do Amparo (impossível não encontrar).
Vai ser mais uma NOITe DAS ChAMAS, com muita coisa acontecendo ao mesmo tempo.
Segura essa peteca.
A gente deve começar a tocar depoiis das 23h....
Sáb 20/set/2008 por apenas R$ 3,0.

Vai ser muito massa, e a despedida da nossa atual formação. Imperdível!

Não vá pra Zeca Baleiro, vá pro Sabiá. Pro Coquetel Molotov, até que dá pra você ir, você vai e esquematiza pra ver uns shows gratuitos que tem no início, depois toca pra Olinda ver o Sabiá.
Perfeito !

PS: A foto foi retirada da incrível coleção desse FLICKR de Okinawa Soba.
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Capivara no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=nyDKe32t7SY
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Menina chata Menina Besta
http://www.youtube.com/watch?v=cVdWtBXvzKA
...

PLAY THE MOVIE

Pra quem tá de bobeira no Recife e cercanias,
muitíssimo recomendada a mostra Play The Movie,
que tem início hoje e é organizada pelo Coquetel Molotov.

http://www.coquetelmolotov.com.br/noar2008/festival/cinema/

Dentro desta programação, na quarta às 20h30 tem até show do Monodecks com projeção de "PI" !
http://www.myspace.com/monodecks
E na quinta vai ter Olivier Mellano com projeção de "Aurora" de Murnau !

O festival promove shows na UFPE sexta e sábado, programação completa aqui!
Vá lá mesmo que não tenha grana, tem alguns shows gratuitos muito bons.
(Sábado eu tenho uma programação alternativa pra vocês, vou postar mais tarde: é o show da minha banda, claro!).

domingo, 14 de setembro de 2008

Leões de Bagdá

Cara, recentemente li o muitíssimo comentado "Os Leões de Bagdá" (Pride of Baghdad)
de Brian K. Vaughan e Niko Enrichon.
Uma das graphic novels mais elogiadas dos últimos tempos.
Comprei botando fé.
A opinião: funciona até um certo ponto, mas está longe de ser uma obra-prima.

É uma pena.
Isso pra mim diz muito a respeito da falta de rigor que se observa na crítica sobre quadrinhos, da falta de roteiristas bons no cenário americano de quadrinhos e do esgotamento da linha Vertigo da DC Comics.

Apesar de ter um tema muito excitante e original (um fato real - durante um ataque americano, o zoológico de Bagdá foi destruído e os leões circularam livremente pelas ruas de Bagdá), o roteiro elaborado por Vaughan não consegue aprofundar nem dar beleza à estória que ele se propõe a contar.

O roteiro desperdiçou a oportunidade de abordar o lado mais humano ou desumano da guerra, de fazer reflexões. Elegeu incompreensivelmente um urso como vilão da trama (totalmente desnecessário, parecendo uma tentativa desesperada de ser hollywoodianamente emocionante) e resultou em algo esquemático e pouco interessante.

O ponto positivo foi a arte, que no entanto não justifica sozinha a aquisição do trabalho.
Algumas sacadas do roteiro foram muito boas, mas o conjunto da obra....
Eu esperava um pouco mais. Do jeito que está, é apenas um relatozinho de aventura com pitadas de crítica social, uma coisa sem consistência, algo que não é nem profundo nem simples, uma coisa que ficou no meio do caminho.
Mas muita gente gostou e você pode gostar, de repente é a sua praia.
A edição nacional da Panini estava muito boa, preço acessível, ótima impressão, etc.

..../-

O próximo post quero escrever sobre Grant Morrison e seus Sete Soldados da Vitória. Sim, sei que estou um pouco atrasado, mas quero escrever um pouquinho sobre isso. Porque no fim das contas, a renovação ocorrida nos anos 80 com a invasão britânica trouxe para os quadrinhos grandes roteiristas britânicos. E depois, dos anos 90 em diante, não houve nenhuma revelação que se compare ao brilhantismo de gente como Alan Moore, Neil Gaiman, Peter Milligan e Grant Morrison. E os trabalhos mais recentes de Morrison comprovam que ele é um dos mais incansáveis roteiristas dessa geração e um dos poucos que não deixou a peteca cair (junto com Alan Moore - sua maior influência e maior desafeto). Mais do que isso, eu acho que Morrison vem evoluindo!

Mas isso é assunto para o próximo post.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

SEM BARATO?

O blog Som Barato foi fechado por forças misteriosas...
Soube hoje... isso rolou por pressões de direitos autorais, essas coisas,
mas é bom salientar inclusive que parte do conteúdo disponibilizado não tinha sido lançado em cd, ou estava fora de catálogo ou estava lá a pedido dos artistas que viam no blog uma grande janela, uma maneira de tornar sua musica mais conhecida.
mas não se preocupa não que a galera já está substituindo o dito cujo!

que a força esteja com vocês!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Expo na Fundaj

Não é só porque ele é meu amigo, não,
mas deixa eu divulgar a nova expo do João ...
Manoel Feliciano!
Sou fã do cara como artista plástico, compositor e ser humano !

João Feliciano e Bruno Vilela expõem pelo Trajetórias 2008

Entrando em sua terceira fase este ano, o projeto abre neste dia 4 duas mostras individuais com a presença dos artistas. Na Galeria Baobá, o público poderá conhecer as séries fotográficas denominadas Collum Capillus, Crystallus Capillus e Viola Capillus e o vídeo Barca Capillus, do artista plástico João Manoel Feliciano. Já a Galeria Massangana apresenta as fotografias de Bruno Vilela que mostram “heroínas femininas que perderam a sua superestimada inocência”. Até o próximo dia 6, fica em cartaz a artista Isabela Prado com a instalação interativa A 1:57 m, que procura provocar sensações diversas em relação ao espaço e à sua consciência em nós.



Serviço

O que: Projeto Trajetórias 2008

Abertura: João Feliciano e Bruno Vilela

Quando: dia 4 de setembro, às 19h. Em cartaz até 12 de outubro

Visitas: de terça a sexta-feira, das 9 às 12h e das 13 às 17h; sábados, domingos e feriados, das 14 às 17h.

Endereço: Fundação Joaquim Nabuco. Av. 17 de Agosto, 2187 – Casa Forte, Recife – PE. CEP: 52.061-640.

Mais informações na página da FUNDAJ !

terça-feira, 2 de setembro de 2008

trouxe umas coisa pra ocês!

um pouco de cHARLES bURNS nessa galeria virtual : deslumbrante.

uma leitura do final de Ghost World (Daniel Clowes)..."You´ve grown into a very beautiful young women".

lindíssimas as ilustrações (como esta aí) de Annika Bäckström

uma galeria das geniais dobradinhas MAD do Al Jaffee! Pra mim talvez seja a melhor coisa da MAD e fico pasmo de ver como o cara conseguia criar esses ilusões de ótica, q deviam ser bem trabalhosas. Ótimo: você junta A + B e não precisar dobrar a sua preciosa revista.

ilustrações para o livro Frankenstein, pelo gravurista Lynd Ward, um dos pioneiros da graphic novel. Com a excelência que você já conhece.

mais uma história de Steve Ditko.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

links até umas horas

1. os elefantes não ficam chapados de amarula... aprendi isso hoje.

2. [hq] Alan Moore Senhor do Caos, site de Jose Carlos Neves sobre arte e principalmente sobre o roteirista mais barbudo dos quadrinhos. Operando em novo domínio. O conteúdo é excelente, de cair o queixo, mas o visual CONTINUA breguinha. mais sobre Alan Moore. Aqui, um cara falando (mal) de Big Numbers (trabalho abortado de Moore + Sienckiewicz que eu acho muito bom). Acolá, uma noticia boa pra ele: querem impedir o lançamento de Watchmen. E tem alguém dissecando um de seus primeiros trabalhos, Roscoe Moscow, pode ser lido aqui. Acho que Moore teria futuro como desenhista também.

3. flores gigantes e minusculas

4. o link acima eu achei aqui neste site de coisas espantosas! como esse bizarro post aqui sobre placas.

5. soube que a RIAA fechou o MUXTAPE. Que merda!

6. [hq] pra você que gostou de Fun Home, um pouco mais de Alison Bechdel.

7. [hq] e um pouco de Fearless Fosdick.... Al Capp satirizando o Dick Tracy!

8. [hq] e uma historia de primatas feita por Don Heck....

9. estas ilustrações de Gustaf Tenggren são incríveis.
dá uma olhadela.


10. falando em ilustração, se liga nestes artistas aqui

11. [hq] se liga no improvável crossover : superman + batman + spiderman + nagraj (?) contra Shakoora o mágico.

12. um estudo sobre as dobras (!) de roupa na arte e nos comics.

13. [hq] Basil Wolverton culture corner!

14. [hq] Steve Ditko em um grande clássico, algo tipo "Capturei o abominável homem das neves"!
Hmmm parece realmente muito bom!

15. fotos muito legais da Olímpiada de Pequim.

16. por ultimo, porque a Marilyn de pé enfaixado e de muleta é tão mais atraente ?

links roubados de outros sites como o Journalista, Don´t touch my Moleskine, etc.


uns blog massas pra você se lambuzar (em homenagem a Dani)

Boa noite, senhores. Sejam bem vindos ao nosso restaurante. Irei levá-los à melhor mesa e se acharem pertinente farei algumas sugestões de download do nosso cardápio. Por aqui.

Como entrada um pouco de reggae, talvez?
http://di-reggaeroots.blogspot.com/

Agora para paladares mais ecléticos, altamente recomendado o
BLOG DO NIRSO: http://nirso.blogspot.com/
Dentre tantas coisas recomendáveis, que tal a Wanderleia,
Messer Chups, The cRAMPS, Erasmo Carlos, o novo Beck "Modern Guilt", Nick Cave, etc.

Mas se tem uma coisa que eu tô ouvindo muito ultimamente é o disco infantil do Medeski, Martin & Wood : Let´s Go Everywhere. Isso, você não leu errado não. É sensacional, despretensioso, agradável, criativo, alternando vários estilos e claro, não subestima a inteligência dos pequenos! Pra mim está sendo uma maravilhosa introdução ao universo desse trio, que eu não conhecia (embora soubesse do hype em cima deles). Let´s Go Everywhere ! Pode baixar sem medo.


http://nirso.blogspot.com/2008/02/medeski-martin-wood-lets-go-everywhere.html

arte invertida.


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i swim with the fishes, you come from the sea



Clipe: Ian Brown _ DOLPHINS WERE MONKEYS
Recomendado para festeiros, saudosos do Stone Roses, evolucionistas e melômanos.
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O desenho aí em cima foi invertido, mas ele está dizendo uma frase da música...
"I swim with the fishes, you come from the sea".
Ian Brown, Dave McCracken, Tim Wills

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

25 cartazes de filmes



http://www.premiere.com/best/3573/the-25-best-movie-posters-ever.html

uai que trem louco! os melhores cartazes de cinema segundo a Premiere!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

saiu a programação do Coquetel Molotov

Dias 19 e 20 de setembro no Centro de Convenções da UFPE, RECIFE...às vezes vale muito a pena pesquisar, dar uma conferida no Youtube, Emule, Myspace, pois algumas dessas bandas desconhecidas podem ser surpreendentemente boas. Bem, eu com certeza vou dar uma olhada nos shows da sala Cine Ufpe, que são gratuitos. Quanto a pagar o ingresso, eu teria realmente que descobrir alguma pérola no meio dessas bandas ultra-underground gringas.

SHOWS

SEXTA - 19/09
Sala Cine UFPE – A partir das 17h
Burro Morto (PB)
A Banda de Joseph Tourton (PE)
Bandini (RN)
Guizado (SP)

SEXTA – 19/09
Teatro da UFPE – A partir das 21h
Júlia Says (PE)
Vanguart (MT)
Shout Out Louds (Suécia)
Marcelo Camelo (RJ)

SÁBADO - 20/09
Sala Cine UFPE – A partir das 17h
Pocilga Deluxe (PE)
Zeca Viana & Onomatopéia Bum (PE)
Akin (SP)
Club 8 (Suécia)

SÁBADO - 20/09
Teatro da UFPE – A partir das 21h
Catarina (PE)
Final Fantasy (Canadá)
Mallu Magalhães (SP)
Peter Bjorn and John (Suécia)

Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia para estudantes, professores, maiores de 65 anos, Assinantes do Diário de Pernambuco que apresentarem o cartão Clube Diário)

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

uns link aí ai ai meio lokos

uma geral nos blogs

MÚSICA
gravação rara de 1974:
Paul McCartney, John Lennon e Stevie Wonder e Harry Nilsson, entre outros.
aqui tem músicas de Robert Pollard (ex- Guided by Voices) para baixar
o Bate Estaca mostra o bê-á-bá da disco music, via Youtube


HQ
aqui tem entrevista com Melinda Gebbie: parte1 / parte 2

Japa Sounds

Óia aí
pra você que se liga numa música de japa,
a lista Rolling Stone dos 100 melhores discos do rock japonês
http://neojaponisme.com/2007/11/09/100-greatest-japanese-rock-albums/

e que tal de quebra uns videos do Cornelius ?
É uma das poucas coisas que eu conheço de música japonesa,
além do Shonen Knife, Guitar Wolf e Pzicato Five.
essas projeções durante o show dele são chapantes meu irmão.
sem falar que o cara é um puta compositor.
Com vocês, um pouco de Keygo Oyamada.

notícias fresquinhas:
http://www.pitchforkmedia.com/article/news/142896-cornelius-unveils-sensurround-dvd-b-sides-comp

vídeo de DROP (maravilha!)
:

:
STAR FRUIT SURF RIDER
:
http://www.youtube.com/watch?v=_s_30x_d5bo
:
I HATE HATE (ao vivo)
:

:

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Bonito, né, Paul Pope











Acabo de reler Batman : Ano 100.

Talvez eu não tivesse relido, não fosse a falta de HQs novas à disposição no meu quarto, naquela noite de insônia. A trama é apenas regular, mas o resultado é bem feito e honesto. É assistir um bom filme de ação, saca? Nada que te emocione demais, mas o suficiente para te manter entretido por duas horas. Mas tudo isso feito com um estilo forte e bem pessoal, com toques originais.

E agora descobri o Flickr do homem: Paul Pope.

Pode visitar que tá bem recheadinho de desenhos, serigrafias, qwadrinhos, etc. Ele é um caso bem curioso e atípico na indústria americana de quadrinhos. PQP, o cara simplesmente transborda talento e bom gosto. Acima de tudo, o cara é extremamente aberto quanto as influências. Do mangá à Banda Desenhada européia, ele reprocessa tudo isso para o contexto dos quadrinhos mainstream americanos.

Tudo bem, Frank Miller também fez isso nos anos80... (e faz sentido a comparação, pois sem as obras de Miller com o Batman não existiria Batman: Ano 100) mas o traço de Paul Pope é muito mais delicado, além dos temas serem mais variados e a posição política mais libertária. Reflete uma fusão mais homogênea dessa influências. Além de que Pope começou e tem um pé nos quadrinhos alternativos... Na verdade, nem conheço o cara a fundo assim, mas sempre há um uso maior de referências, uma coisa que pressupõe um maior refinamento do leitor. Às vezes Frank Miller é demasiadamente descerebrado...


Além de tudo, Paul Pope é incrivelmente bonito! (amplie: ele é o da esquerda, sem barba na foto, é tipo uma versão mais galã italiano do Ariel Pink)

Como é possível? Que inveja.
Diferente da maioria dos nerds que geralmente escrevem ou desenham HQs do Batman, ele tem interesses mais variados... talvez um dos caras que mais tenham a ver com ele nos quadrinhos americanos seja Mike Allred... eles partilham uma certa sofisticação e um uso de referências pop que estão além do mero culto aos quadrinhos de super-herói.






BRASIL - Tem pouca coisa dele publicada no país. Que eu saiba, tem a ótima graphic novel 100% (crítica social e casos de amor em um contexto de ficção científica), um quadrinho curto do John Constantine em Vertigo Inverno (massa), além de Batman: Berlin (muito legal, na linha O que aconteceria se Bruce Wayne tivesse nascido na Alemanha?). Todos esses que eu citei foram publicados pela Opera Graphica, mas o Batman: Ano 100 saiu pela Panini Comics.

Pra finalizar, só dar um toque sobre recentes trabalhos de PP. Segundo a Wikipedia, o cara tá fazendo graphic novels, Battling Boy para a First Second Books, e La Chica Bionica paraa Dargaud. E olha o item de colecionador aí embaixo. Coisa de louco essa capa baseada em Sergio Leone.


Harmonica Man, an edition of 50.
16 1/4 x 33 1/2 inches (image size)
19 1/4 x 36 1/2 inches (paper size)

17 color screenprint on Coventry Rag 320 gsm

Printed at Axelle Editions
$200
forthestate.com/



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