sexta-feira, 29 de junho de 2007

Disquinho maneiro do Replacements

... é o Pleased to meet me do Replacements, de 1987. Uma energia punk e um senso melódico pop tornam este um disco simpático, embora irregular. Tem pérolas , mas grande parte do álbum tem rocks um tanto comuns demais. Talvez a mais forte seja mesmo "Alex Chilton", que foi a primeira coisa que eu escutei deles, no refrão tem a grandiosa e apaixonada frase "Milhões de crianças cantam para Alex Chilton"(será que traduzi certo?). Outras momentos de responsa: a baladinha "Skyway", perfeita melancolia para passar momentos de devaneio com a letra mais interessante (meu verso favorito: "it's got bums when is cold like any other place") e a energia de "Can't hardly wait", que fecha o disco cheia de alegria e excitação e com um riff poderoso. "Nightclub Jitters" é uma faixa interessante em que eles tentam fazer uma coisa distinta, num tom jazzístico.


*Alex Chilton é um herói do powerpop, da genial Big Star, mais cultuada banda desse estilo.
p.s.: Este disco tem a participação de instrumentos de sopro, novidade no som deles - que anteriormente era mais punk, segundo as lendas do rock. E a capa eu acho genial - nem é necessariamente bonita, mas genial por juntar o nome "prazer em me conhecer" a esse contraste do aperto de mão.

aqui se baixa o disco todo
http://www.zshare.net/download/23800355efbb0a/
gracias ao essencial blog unapieldeastracan
aqui é pra quem quiser baixar "Alex Chilton" (versão ao vivo)
http://www.4shared.com/file/18879780/405241f6/Replacements_-_Alex_Chilton__Live_.html
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domingo, 24 de junho de 2007

A vitória da toscosidade absoluta : Crystal Castles

"we are crystal castles
we are 1 boy and 1 girl
we are named after She-Ra's home
we play rough"

Crystal Castles... a música do amanhã, hoje... essa banda é muito fuderosa! Um cara e uma menina, ele cuida dos instrumentos e ela dos vocais e das letras (minimalistas, nunca as decifrei). Ethen e Alice, de Toronto, Canadá. Eles são desencanados ao extremo, a música deles é uma eletrônica feita com zero de produção, a coisa mais punk, agressivamente tosca que eu ouvi nos últimos tempos! Dá só uma olhada na página deles no MySpace, cheia de colagens bizarras e fotos estranhas. Perfeito para as pistas de dança, o Crystal Castles ainda é mais conhecido pelos remixes que fizeram para gente como Bloc Party, The Klaxons, Liars e por aí vai. O que é uma pena, porque o trabalho autoral dessa dupla é muito bom. Ainda é difícil encontrar os discos deles no Soulseek, por exemplo... mas baixei um disco chamado Home Demo EP, sem ao menos encontrar uma foto da capa. Informações a respeito também são raras: não existe perfil deles no Allmusic. Mas a discografia deles tá na página do MySpace: 7 disquinhos EPs.

O nome eles dizem ter sido inspirado no castelo da She-Ra, mas existia um jogo de Atari com esse nome - e a som deles é puro videogame mesmo! Apesar da tosqueira, ou por causa disso, é interessante, instigante e visceral. Bom aí vai, podem baixar este arquivo zip: Crystal Castles, Home Demo EP. Este CD foi o primeiro lançamento da banda, apenas 100 cópias em CD-R . No site deles tem: "HOME DEMO" EP (CD-R) 100 copies with homemade art. 5 songs.songs: untrust us, love and caring (instr.), excuse me, february, air warpaypal $7 u.s. (includes postage) to kla@rogers.com


http://rapidshare.com/files/39150362/crystal_castles-home_demo.zip.html


Mais informação:
http://en.wikipedia.org/wiki/Crystal_Castles_%28band%29
e uma entrevistazinha aqui
e outra ali


Núbia Lafayette : Não se fazem mais músicas como antigamente

...
Os blogs Um que tenha e Som Barato
prestaram uma justa homenagem a Núbia Lafayette.









Este é o disco em que ela canta Dalva de Oliveira
http://umquetenha.blogspot.com/2007/06/nbia-lafayette-nbia-lafayette-canta.html
Agora este aqui embaixo é o imprescindível, tem todos os grandes clássicos de dor-de-cotovelo que ficaram famosos na sua voz. Com bons arranjos.
http://sombarato.blogspot.com/2007/06/nbia-lafayette-20-super-sucessos.html


Este ano ela foi uma das principais atrações o Festival da Seresta aqui do Recife. E eu tava lá no Marco Zero quando ela começou o show. Antes dela, Waldick Soriano havia se apresentado. E era Waldick que estava com a saúde abalada - Núbia se apresentou com uma segurança e um poder de interpretação extraordinários, parecia estar muito bem. Não fiquei até o fim - estava sozinho e estava tarde. Núbia foi internada 15 dias depois desse show, num hospital em Niterói, onde ficou até falecer em 18 de junho.

Mas o que eu quero me referir aqui é à notável mudança de estilo entre as gerações. O existencialismo dos versos d'outrora é quase impossível de ser encontrado hoje em dia - letras diretas em que a vida é medida pelos extremos, em que tudo é exagerado e trágico. Waldick Soriano cantou uma música que só pelo verso "Esta é a noite da minha agonia", entoado na sua característica voz sofrida, me arrepiou e me fez derramar lágrimas. Existe algo parecido atualmente? Alguma música que propicie esse tipo de catarse? É, as músicas tristes continuam existindo, mas elas perderam essa aura quase mítica, esse exagero, essa propensão a transformar o cotidiano em um oceano de provações sobre-humanas. Que vinha inclusive de um imaginário do cristianismo e sua noção de culpa - essa música começa assim: "Esta noite eu queria que o mundo acabasse / e que para o inferno o senhor me mandasse / para pagar todos pecados meus". Queria ter isso na voz de Waldick pra botar aqui... mas no 20 Super Sucessos tem a versão de Núbia.

Exemplo perfeito no repertório de Núbia Lafayette é LAMA. Havia um elemento também de vingança. E algo de desafiador, especialmente quando era uma mulher cantando, um desabafo, um grito de liberdade. Muito humano. Hoje em dia só lembro mesmo aquela música do Conde, "Porque meu bem, ninguém é perfeito e a vida é assim", que se aproxime um pouco do teor desses clássicos. Mas veja só, nessa música LAMA a mulher chega a dizer "Quem és tu? Quem foste tu? Não és nada!". Brother, num é careta não! Nada de relativismo pós-moderno!

....................................

Lama

Núbia Lafayette

Composição: Aylce Chaves e Paulo Marques

Se quiser fumar eu fumo
Se quiser beber eu bebo Não interessa a ninguém

Se o meu passado foi lama Hoje quem me difama Viveu na lama também
Comendo da minha comida Bebendo a mesma bebida Respirando o mesmo ar
E hoje, por ciúme Ou por despeito
Acha-se com o direito De querer me humilhar
Quem és tu? Quem foste tu? Não és nada
Se na vida fui errada Tu foste errado também
Não compreendeste o sacríficio, Sorriste do meu suplício Me trocando por alguém
Se eu errei, se pequei, Pouco importa
Se aos teus olhos estou morta Pra mim morreste também

...

Propaganda forçada: tem uma música minha que eu queria que se tornasse um clássico das mesas de bar, bem nesse estilo, para os momentos de maior depressão que uma pessoa pode ter. Chama-se "O que é que eu estou fazendo", está ainda incompleta e complicada de terminar.

sábado, 23 de junho de 2007

lançando grilowsky EMO : o hit do momento


Só pra divulgar a nova música do Grilowsky...
também conhecido como Grilo, ele é o artista irreverente que ataca de videasta, músico, escritor e o que mais aparecer... aliás, aparecer é com ele... o cara é um popstar renegado! Ele tira muito som por aí com seus inúmeros projetos/bandas: Geladeira Metal, Nuclear Extreme, Conceição Tchubas, e por aí vai... Com vocação para a polêmica, ele batizou o seu Cd solo "Sexismo, Toxicomania, Alcoolismo e Violência".


Essa canção "EMO" é uma tiração de onda com o gênero EMOCORE. Aí entra a característica do Grilowsky que é brincar com os diversos gêneros. Tem emo, funk pancadão (a "Gatinha Vitiligo") e pra mim o melhor de todas as músicas chama-se "Träneblut Du Bist Schon", um metal meio industrial brejeiro e romântico... descrito por ele como "um extreme death eletro brutal metal feita com carinho, poh! "
Baixe aqui o EMOROCK de Grilowsky !
E veja o clipe TRÄNEBLUT DU BIST SCHON no Youtube! é obrigatório, tem que ser visto! uma experiência sensorial única!


Mas voltemos à música EMO. Ela é realmente bem feita... o vocal, a composição, é muito emo mesmo. O cara alterna frases tipicamente emo como "fiz coisas que eu prometi jamais fazer", e bizarrices tipo "as minhas lágrimas chorei e com o lencinho enxuguei, borrei meu travasseiro com o rímel que você me deu". Poderia até emplacar na rádio se fizesse algumas alterações. Eu disse pro Grilowsky investir nesse seu lado EMO! Ele gravou tudo sozinho, totalmente caseiro, ficou muito bom o resultado né não? Só que a música pra mim deveria ser intitulada "Confesso que noiei".


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melhores momentos da entrevista concedida a Cleyton Brito
(Grilo mandou isso por email):

>P - Você se considera um artista cult?
>GriloWsky: Não me considero artista.
>P - Então o que você se considera?
>GriloWsky: Na verdade eu me considero, e muito.
>P - Rock é sinônimo de quê?
>GriloWsky: Pedra.
>P - Show inesquecível?
>GriloWsky: Nem me lembro(risos).
>P - Imprudência?
>GriloWsky: Sim, sim!
>P - O medo?
>GriloWsky: Ui ui!
>P - Sexo e violência?
>GriloWsky: Só se for ao mesmo tempo!
>P - Música de improviso ou composição em tempo real?
>GriloWsky: Ambas estão juntas. Para compor em tempo real você tem que estar
>improvisando. E para improvisar tem que ser em tempo real.
>P - Será?
>GriloWsky: Vou perguntar a Thelmo.
>Como foi a experiência de compor trilhas sonoras?
>GriloWsky: limpeza. é massa!
>P - François Truffaut, Godard?
>GriloWsky: Pode ser!
>P - Você usa piercing, tem o corpo tatuado, cabelo tingido e é gay?
>GriloWsky: Essa resposta é irrelevante

....

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Tava demorando : os sons eletrônicos do German Ra

No estilo "o blog é meu e eu faço o que quiser", vou postar minha própria música. Trata-se de uma incursão ao universo da música eletrônica. É um esquema muito tosco, uso um programa chamado Fruity Loops. O problema é que é versão demo, então tem a frescura de não salvar o que você está fazendo. Aí qual a saída? Gravo o que sai das caixas de som do computador! É esse o esquema refinado que estou usando, gambiarra total...

Em música eletrônica, quanto mais irritante for a música, mais genial o cara é. Brincadeira, a música não tem intenção de ser irritante, é só porque elas são muito longas... Esta "Entretanto (parte 2)" é a segunda metade de uma música de 20 minutos ou mais. Fiquei satisfeito com o resultado. É pra ser ouvida sem prestar muita atenção, é bastante lenta e viajada, num clima meio espaço sideral futurista. Tem vários instrumentos, cada um mais fora do tempo que o outro. Mesmo assim esses programas facilitam muito a vida. Qualquer um faz música nesse esquema! É só ficar mexendo nos botõezinhos!



Então é isso:
podem baixar a instrumental Entretanto,
com o genial German Ra!

http://www.4shared.com/file/18438590/6033a507/entretanto_part2.html

...

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Tyrannosaurus Rex : UNICORN (tirado do Acorde Final)

..
Acorde Final é o blog da vez... tem muita coisa para baixar. Kiss, Headhunters, Queen, Gong, Hermeto Pascoal. Muita coisa de progressivo, jazz-fusion e hard rock.

http://datoneto.blogspot.com/

Mas eu escrevi (e muito, para os meus padrões) sobre o UNICORN do Tyrannosaurus Rex. Porque é um que eu conheço e gosto muito. Por aqui você vai encontrar o link pra baixá-lo:




http://datoneto.blogspot.com/2007/06/t-rex.html

ou diretamente no http://sharebee.com/e5dd2492

(aí escolha de qual servidor vai baixar, é uma resenha, eu sei: o Megaupload não vale :P )


ESSE DISCO Ë BOM MESMO.

Era uma vez uma época em que o T.Rex era Tyrannosaurus Rex, um duo formado por Marc Bolan no violão e Steve Peregrine Took na percussão. Era uma fase muito diferente: eles investiam em temas míticos e lendários, sem a verve rock'n'roll/boogie que caracterizaria o T.Rex. Em resumo, faziam uma música folk chapada para leitores de Tolkien. Tá, talvez seja uma descrição grosseira. UNICORN foi o terceiro disco deles, e como os anteriores, foi produzido por Tony Visconti (também notório produtor de Davi Bowie), que botava muita fé no futuro de Marc Bolan. A diferença é que estavam com um pouco mais de dinheiro e recursos tecnológicos, ao que se atribui uma melhora sensível no som deles (mas não pergunte isso a mim, pois ainda não ouvi os anteriores). Foi lançado em maio de 1969, e chegou ao 12o lugar na parada britânica, o que foi a melhor marca que essa formação da banda atingiu.

Pianos, violões, percussões, acordeons, efeitos de gravação, mas nenhuma guitarra. O álbum é de uma beleza atordoante, misturando a elegância inglesa com uma expressividade primal, compartilhando muita coisa com a musicalidade dos árabes e dos indianos. Esse exotismo está presente na própria vocalização de Marc Bolan, inconfundível. A construção das músicas é de uma simplicidade apaixonante, com as música seguindo caminhos tão naturais e ainda imprevisíveis, bonito de ouvir como cada melodia vai sendo esculpida e levando às suas ramificações, as partes se encaixando com perfeição. A percussão de Steve Took é um fator positivo. Os arranjos trabalham dentro de um universo limitado, simples, mas extraem grande efeito de todos os pequenos detalhes que são acrescentados. O que parecia ser restrito se torna infinito. Esse álbum é simultaneamente muito grande e muito pequeno. Grande porque a qualidade das música é assombrosa e pequeno porque o som deles não tem nada de espetacular ou estridente. Quanto às letras, realmente tratam de temas míticos atemporais, e atraem mais pela sonoridade do que pelo sentido. Pegue por exemplo “Stones for Avalon”. A canção repete versos como “Vamos roubar algumas estrelas para Avalon”, referindo-se à ilha onde repousaria o corpo do Rei Arthur. Mas Marc Bolan sempre foi um letrista de frases ilógicas e muito sonoras, imagens poéticas. Curiosidade: o radialista John Peel participa narrando uma estória infantil “Romany Soup”, no fim do disco.

Estou certo que o disco não é para todos e nem é para todos os momentos. É bem pra ser ouvido debaixo de uma árvore e totalmente hippie-krshna, mas de um jeito interessante, processado pela mente genial de Marc Bolan. E ressalte-se queas músicas são curtas e este disco foi listado entre os mais importantes do assim chamado gênero "freak folk".

P.S.: Uma fonte excelente para entender essa fase do Tyrannosaurus Rex:

http://members.cox.net/dregenold/marc/tyran.html

quarta-feira, 20 de junho de 2007

mais do Animal Collective

Atualizando: mais músicas do novo Animal Collective rolando por aí...
Dá uma sacada no fatos fidedignos que são 6 disponíveis lá.
http://fidedigno.wordpress.com/2007/06/18/mais-animal-collective/
Ainda não acho o álbum no Soulseek.

Enquanto isso vou compartilhar mais Animal Collective, o Prospect Hummer EP.

Deixa eu pensar alguma coisa pra dizer sobre ele... As faixas são lentas, delicadas, mas sem tristeza. Ao contrário, tem o feeling de bem com a vida que é característico da banda. Foi feito em parceria com Vashti Bunyan, uma cantora que grava desde os anos 60, musa dessa nova geração freak-folk. A parceria entre A.C. e Vashti dá muito certo, nota-se logo de cara com a música de abertura “It’s you”. Depois vem a faixa-título... muito legal o arranjo vocal que vai sendo simplificado até chegar a uma única voz no final. Em seguida temos “Baleen Sample”... cinco minutos de pura colagem sonora. Termina com a belíssima “I remember learning how to dive”, com uma simplicidade muito bem pensada. Os bandolins me lembram o final de "Please let me get what I want" do The Smiths.

Esse disco eu tenho em CD. Ganhei numa promoção... do povo do Coquetel Molotov. Foi meu primeiro contato com a banda e achei um ótimo cartão de visita.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Devolvi

Devolvi

Núbia Lafayette

Composição: Adelino Moreira

Devolvi
O cordão e a medalha de ouro
E tudo que ele me presenteou
Devolvi suas cartas amorosas
E as juras mentirosas
Com que ele me enganou

Devolvi
A aliança e também seu retrato
Para não ver seu sorriso
No silêncio
Do meu quarto

Nada quis guardar como lembrança
Pra não aumentar meu padecer
Devolvi tudo
Só não pude devolver
A saudade cruciante
Que amargura meu viver

segunda-feira, 18 de junho de 2007

blogs especializadíssimos


Isto saiu no www.fluxblog.org
uma relação com alguns blogs que se dedicam exclusivamente a comentar a obra de alguns cantores e bandas, faixa por faixa. De Björk a Pearl Jam, passando Talking Heads e John Cale.


"Also: In the wake of my R.E.M. project, a new wave of music blogs are focusing on writing about every song in a single artist's discography. So far we've got Hyper-Ballads (Björk), Emotional Karaoke (Mountain Goats), More Words About Music and Songs (Talking Heads), My Impression Now (Guided By Voices), Fragments of a Cale Season (John Cale), Too Many Words, Too Many Words (Low), I Got A Message For You (Robyn Hitchcock), More Than Ten (Pearl Jam), and Fridgebuzz, which is the first of what I assume will be at least 15 blogs dissecting the Radiohead catalog."

domingo, 17 de junho de 2007

piores capas? tem mais de onde vieram essas...





































e.

O Pitchfork é um site muito muito muito bom, essencial pra quem estar atualizado em música.... eles fizeram a lista das piores capas de todos os tempos. Eles também fizeram a lista das piores de 2006. Meu povo, a falta de bom gosto e a total ausência de sutileza geram capas realmente horrendas. Em primeiro lugar, se você não é muito bonito, pense antes de botar uma foto sua na capa do disco e tome cuidado com a roupa e o penteado que você vai usar. Não faça como o KEN e a MECCA NORMAL. Não chame qualquer um pra fazer um desenho ou foto pra capa, chame alguém que saiba o que está fazendo. Isso é básico. Cuidado com as idéias criativas demais! São um perigo e até artistas bons sucumbem a tentação de fazer capas de gosto duvidoso. Tem uns que realmente fazem as capas querendo ser o mais ultrajante possível, querendo chocar, mostrar toda sua rebeldia que na maioria das vezes é totalmente infanto-juvenil.

Essa lista aí certamente deixou de fora muita coisa... suponho que essa galera nunca tenha visto a capa do Ave Sangria. Mas sobrou até pra brasileira Jacky, olha o Brasil aí. Sinceramente, nem tudo ali é tão ruim. Por exemplo, essas 3 aí embaixo estão na lista e eu achei bonitas. Cada um com seu cada qual. Uma guitarra meio que parecendo um capacete, essa idéia foi interessante. O desenho do Climax Blues Band eu achei bem legal mesmo. Eu até compraria...


quinta-feira, 14 de junho de 2007

você precisa ouvir: Castanets e Beach House


Castanets, Beach House.... reconhece esses nomes ?
É, pouca gente responderia "sim". Eu mesmo nem conheço essas bandas a fundo. O negócio é que escutei algumas músicas deles, que agora estou apresentando para que todos baixem e ouçam. Tem um peculiaridade de serem estranhamente atemporais e serem bandas de formação beeeem compacta.




Castanets é a banda de um homem solitário, Ray Raposa. A música "Lucky" poderia muito bem ter sido gravada no começo do século XX, é um folk de uma tristeza incrivelmente bela. A letra também parece aquelas canções de antigamente, passadas de geração em geração. Lucky é o personagem desajustado com que o compositor dialoga e a quem dá conselhos.




Beach House é o projeto de duas pessoas, Alex Scally e Victoria Legrand. O clima é lento, a guitarra slide de Alex é bem preguiçosa, a voz de Victoria é linda. "Tokyo Witch" tem mesmo um quê de música japonesa enquanto "Master of None" é um tanto mais pop. Sabe aquelas coisas que lembram alguma coisa que você não lembra o que é? Os textos sobre a dupla costumam evocar coisas como Mazzy Star, Galaxie 500 e Nico.



mais:
http://www.beachhousemusic.net/
http://pitchforkmedia.com/article/record_review/39010-beach-house

terça-feira, 12 de junho de 2007

Miles Davis & Herbie Hancock

Muito bom...

http://blaucomunicaciones.com/blogs/discosocultos
tá com um monte de discos legais pra download, em sua maioria dos anos 70.
Coisa que só a porra, mas eu destacaria duas preciosidades de jazz:



1. Headhunters (1973) de Herbie Hancock. Ele é o jazzista mais pop que já existiu.
Samples de suas músicas vitaminaram os arranjos de sucessos do Dee Lite e do US3, e ele flertou com a MTV num clipe genial dos anos 80 ("Rock It"). Este disco é louco, cheio de vitalidade, com recursos de funk e arranjos muito bons. Headhunters era também o nome da banda que Hancock fundou pra gravá-lo. Minha preferida é a faixa "Watermelon Man", exemplo de música que remete a ritmos ancestrais sendo absolutamente moderna. O post pra você baixar.




















2. Bitches Brew (1969) do Miles Davis. O nome (mais pela sonoridade do que pelo sentido), a capa (de Mati Klariwein), a música, tudo no disco é bonito e exuberante. Conheço pouco do Miles Davis, mas acho Bitches Brew melhor do que o Kind of Blue, tido por muitos como sua obra-prima. São estilos completamente antagônicos. Este disco é considerado a gênese do gênero jazz-rock e foi gravado em três dias com alguns músicos bem jovens na época, como John McLaughlin, Wayne Shorter e Chick Corea. Pena que tá dividido em vários arquivos, mas fazer o quê? Quem procura acha.

Mais info:

domingo, 10 de junho de 2007

Beastie Boys novo!




Curto e grosso: Quer pegar o novo do Beastie Boys?
Disco instrumental chamado The Mix-Up.
Novíssimo, ainda nem saiu oficialmente.
http://sharebee.com/c3877da1
clica aí e depois escolhe entre os servidores.
postado originalmente no
http://unapieldeastracan.blogspot.com/



Mais Beastie Boys: Beastie Boys Revisited
Os Beastie Boys disponibilizaram só os vocais de umas músicas,
e os fãs poderiam criar seus próprios arranjos, remixes e acompanhamentos.
Um tal de Leo Nevillo compilou essa parceria num disco. Esse aí.

"The Beastie Boys have provided a collection of accapella tracks on their website for the sole purpose of allowing others to distribute and remix to their heart’s content. This has spawned a slew of remixes from all over the globe. Some of the best are made by Leo Nevilo and have been collected in a free Creative Common licensed album titled Beastie Boys Revisited."

sábado, 9 de junho de 2007

SOM BARATO: Sérgio Sampaio, Jorge de Altinho, Tavares da Gaita

Blog absolutamente necessário é este Som Barato. O acervo deles é incrível, bem variado e de qualidade. E o negócio é organizado, tem uma lista com todos os artistas que eles disponibilizaram. http://sombarato.blogspot.com/ é o endereço. Legal porque eles misturam grandes clássicos da MPB com lançamentos regionais obscuros ou recentes, é uma coisa de doido mesmo. E essa galera é daqui de Recife.

Um destaque visível na página: Sérgio Sampaio. Ele é conhecido principalmente pelo clássico "Eu quero botar meu bloco na rua" e pela parceria com Raul Seixas no disco Sessão das 10, da Sociedade da Grã-ordem Kavernista. Sua carreira solo é repleta de pérolas, mas pouco conhecida. O Som Barato está disponibilizando "Compactos e Raridades", algumas faixas bem raras que datam basicamente dos anos 70. Até onde eu sei, não se trata de um disco oficial, mas de um bootleg que deve ter sido compilado pela galera do site, um trabalho espetacular. Aqui o post pra baixar.




Legal eles estamparem também Jorge de Altinho, grande cantor e compositor de forró. Esses forrós dos anos 80 me dão uma grande felicidade, especialmente a música"Sou feliz" - cantar essa música diariamente é um substituo aos livros de auto-ajuda, pense numa mensagem positiva "sou feliz, porque você voltou pra mim". Comece a repetir isso e você vai terminar ficando feliz mesmo.. Nessa coletânea tem clássicos como "Juazeiro-Petrolina", "Devagar" e "Nem Ligue". Já "Menino de Rua" é covardia, é de cortar o coração. Esse disco é da série 20 Super Sucessos e está realmente muito longe de ser uma raridade, se quiser comprar encontra baratinho em loja de discos.
http://sombarato.blogspot.com/2007/06/jorge-de-altinho-20-super-sucessos-2001.html




E aí você topa com a música naïf, alegre e energética do caruaruense Tavares de Gaita e sua Sanfona de Boca ... Maravilhoso. Enfim, o blog Som Barato é esse manancial todo, vai que é tua, Taffarel... Se eu for falar de tudo que tem de bom no site, levo a tarde inteira. Então por hoje é só.


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clipes legais da MIHO HATORI


A eclética japonesinha Miho Hatori está de volta. Pra quem não lembra, ela integrava a dupla Cibo Matto durante os anos 90, nos anos 2000 esteve envolvida com o Gorillaz. Agora em carreira solo, ela lançou um clipe muito legal, chamado "Barracuda". A música também achei boa, o que me surpreendeu pois nunca gostei muito de Cibo Matto (uma vez ouvi um disco delas e pra mim aquilo era simplesmente inexpressivo). Tem umas cuícas, ritmo de samba, um trecho que parece ser cantado em português - mas é dureza entender o que ela fala...

Lembra um pouco Björk, tem teclado cativante, percussão inebriante, sanfoninha relaxante e por aí vai. Aproveitando o ensejo, mais vídeos com ela no Youtube: num ela está cantando em japonês "Paraíba" de Luiz Gonzaga e Humberto Texeira! Junto com o Forró in the Dark, que são uns brasileiros fazendo forró pra David Byrne ver em New York.




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E relembrando um bom trabalho do diretor Michel Gondry: o clipe de Sugar Water, com o Cibo Matto. Pois é, num gostava da música, mas sempre achei a Miho Hatori uma japinha graciosa, especialmente quando ela estava nua tomando um banho de açúcar! Afora isso, o clipe tem uma narrativa palindromíca bem curiosa - se é que esta palavra existe. Querendo mais, veja o Cibo Matto com o não tão bom "Know your Chicken".
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p.s.: alguém me ensina a postar os vídeos do Youtube diretamente nesta página?

terça-feira, 5 de junho de 2007

Programa de rádio do caralho: Morning Becomes Eclectic



















Foi logo que eu comecei a ter acesso a Internet em casa.
Que ano terá sido? Sei lá, acho que 1998.

Ouvi um programa interessante de rádio, precisamente na rádio KCRW, da costa oeste dos EUA. O programa era o MORNING BECOMES ECLECTIC: Sempre um convidado diferente tocando à vera suas músicas e conversando um pouco. Eu ouvi algumas dessas gravações, bandas legais como Bettie Serveert, Luscious Jackson e outras da época.... O Morphine chegou a incluir em seus discos uma música gravada lá (a preferida do Renato, "I had my chance") no disco yes, de 1995. Apesar de ter achado muito bom, passei anos (até agora, precisamente) sem ouvir o programa. Ou seja, agora tem muita coisa no arquivo deles pra conhecer.

MUITA COISA. Pra dar um exemplo da qualidade e variedade: em setembro de 2006 estiveram lá gente como Los Lobos, Cat Power, TV on The Radio, Jurassic 5, Jerry Lee Lewis, M. Ward, etc. Janeiro de 2005: Tortoise, Mercury Rev, Arcade Fire. Agosto 2002: Sonic Youth, Flaming Lips, Juana Molina, Aimee Mann. Algumas vezes vão pessoas famosas selecionar seus discos preferidos, como os atores Tom Hanks, John Cusack e John Turturro (fiquei curioso pra ouvir esse).


É por aí o nível do programa, então vá a luta. Os arquivos vão até 1999. Pode ouvir em streaming, e alguns, acho que só os mais recentes, você pode assistir também.

http://www.kcrw.com/music/programs/mb
http://en.wikipedia.org/wiki/John_Turturro

domingo, 3 de junho de 2007

muita coisa que EU OVO


Coisas muito boas nesse blog:
http://euovo.blogspot.com/
e o nome é legal né não?
..
Você pode encontrar a discografia do Arnaldo Baptista, o gênio dos Mutantes. Solo ou com a Patrulha do Espaço. Eu ouvi e recomendo dois destes discos: o Löki, de 1974, e o recentíssimo Let it Bed. O estilo de composição do Arnaldo é muito livre, muito bem-humorado, e o cara manteve essa verve mesmo com o passar de tantos anos. Mas acho que o Matheus Mota, diretor da Bafo Movies que é muito fã do cara, pode descrever melhor!

"Fundador do extremamente excelente primeiro grupo de rock brasileiro, Os Mutantes, Arnaldo é com certeza um dos artistas mais subestimados do meio musical do país. Após a separação com Rita Lee (até então, sua esposa), Arnaldo fica nos mutantes por mais um ano, gravando o disco O "A" e o "Z", excelente pros fãs do rock progressivo. Até que ele enche o saco, e segue sua brilhante carreira sólo, com Lóki?(1974), um disco de rock sem guitarras, mais tarde forma a Patrulha do Espaço em 77, promovendo alguns shows que se pode encontrar nos mp3 da vida, e depois deixando os meninos seguirem seu rumo. Arnaldo grava o disco Singing Alone em 82, e no final do mesmo ano, internado em um hospício, sofre um acidente no qual deixaria sequelas no mestre até hoje. O patrulha lança o lp "Elo perdido", com gravações inéditas dos anos 70, e Arnaldo me parece que lançou algum lp nos anos 80, além de um tributo feito por vários artistas, tocando versões de suas músicas. Após o acidente, Arnaldo dedica-se à sua vida pacata num sítio mágico em Juiz de Fora-MG, fazendo umas pinturas, compondo, escrevendo etc. Em 2004, algumas dessas experimentações aparecem no cd "Let it bed", e em 2006, um presente: uma reunião dos mutantes, sem rita lee, mas promovendo alguns shows, que quem já teve a oportunidade de ver, sabe que ficou excelente... Bom, conheçam Arnaldo Baptista, é arnaldo, não "amado", como muitos confundem com o artista breguístico aí..."
Matheus Mota

(relendo o texto do Matheus, não entendi o que ele quis dizer com 'primeiro grupo de rock brasileiro', mas depois vou perguntar a ele)

http://euovo.blogspot.com/2007/05/banda-formada-por-arnaldo-baptista-no.html
http://euovo.blogspot.com/2007/05/ser-que-eu-vou-virar-bolor.html
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Dá um olhada. Tem lá também um disco conceitual de Odair José, chamado O filho de José e Maria. Ou você não sabia dessa? Ouça o disco e veja o que acha. Pra mim, que estou ouvindo pela primeira vez neste momento, o resultado vai além do rótulo de brega que impuseram à música dele. É meio ópera-rock, tem momentos teatrais que lembram coisas como o "Tommy" do The Who. Tem letras interessantes e uma produção cuidadosa, o conteúdo não é em nada inferior a média do que se fazia na época. Admito que o disco às vezes derrapa e faz coisas de gosto duvidoso (a faixa 6, "O casamento" é bem estranha), mas a maioria dessas óperas-rock também tinham um elemento brega. De qualquer maneira, o disco foi um fracasso de vendas em 1979. O público dele não apreciou essa de disco conceitual.

pra baixar:
http://euovo.blogspot.com/2007/04/pare-de-tomar-plula-psicodlica.html
http://www.4shared.com/file/13755178/edba34e/1979_O_Filho_de_Jos_e_Maria.html

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Coisas do TRIO MOCOTÓ, incluindo discos com Jorge Ben, inclusive o lendário LP Força Bruta:
http://euovo.blogspot.com/2007/04/eu-quero-mocot.html
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Tem também a discografia do Kings of Leon, uma das poucas bandas atuais que conseguem fazer rock'n'roll soando espontâneo e maduro. O primeiro disco principalmente tem várias pérolas como "Molly's Chambers" e "Happy Alone".
http://euovo.blogspot.com/2007/05/were-happy-family.html
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Fora isso, tem James Brown, Roger Waters, Jethro Tull, etc.

sábado, 2 de junho de 2007

toda a verdade sobre o não se restrinja

NÃO SE RESTRINJA

(música e letra de germano rabello)

Eu conheço seu valor , Reconheço seu potencial

Você sabe quem eu sou, Você tem o meu amor total

Eu não sei porque você fica todo assim se restringindo

Não deixe o tempo correr, você não pode viver fugindo

Não se restrinja, não se restrinja!



Resolvi chamar atenção de vocês para um disco que deve ser ruim, o dos Menudos. E não é que eu seja fã deles, nunca fui, nem me lembro muito bem daquela época. Nem sei se o LP é bom. O negócio é que foi o sucesso deles "Não se reprima" que inspirou o nome deste blog. Mas isso eu não inventei só pra criar o blog não. "Não se RESTRINJA" é um projeto multimídia. Pois é também o nome de uma música minha, que por enquanto está inacabada, mas que será oportunamente gravada por uma boy-band, quem sabe os CDU Boys? É ainda o nome de um vídeo que eu quero fazer.

Bom então é isso, ouçam aí a versão demo da minha música
"Não se restrinja" e podem baixar aqui o disco MENUDO MANIA (1984).

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Não é só para crianças não...Saltimbancos e Marilia Pêra

Mais uma descoberta. Blog onde você encontra música infantil de todas as qualidades:
http://cantoencanto.blogspot.com/
Pra dar uma idéia, tem desde Paquitos e Eliana até Egberto Gismonti.

Esse acho que todo mundo já escutou: os discos do musical Saltimbancos. Muitas músicas geniais, com letras em português de Chico Buarque para as canções de Luiz Enriquez e Sergio Bardotti. São lindas, divertidas, inteligentes e marcaram a infância de muita gente, aqui em casa mesmo tenho esse vinil dos Saltimbancos Trapalhões. Dá pra baixar lá também outros dois discos dedicados ao musical, com versões diferentes.

Alguns discos postados nem são bem música infantil... É o caso da Marília Pêra. Sim, a atriz Marília Pera também canta muitíssimo bem, como se pode ver nesse disco: Feiticeira, lançado em 1975 e baseado no show dirigido por Fauzi Arap. O disco tem arranjos de Guto Graça Melo e Nelson Motta, que também assinam várias das músicas em dupla. Outros compositores presentes são Alceu Valença, Lamartine Babo, Jards Macalé, Luli & Lucinha. Um dos grandes destaques é "A Natureza" num estilo cantoria nordestina, letra espetacular. o post pra baixar neste http:// aqui.

Divirtam-se.