quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Minha Sereia

Partindo pra Alagoas, embora não pra Pajuçara nem Maceió, deixo ocês com essa música.

....um ótimo reveião pra todos!

http://youtu.be/zVu0vleEQ-Q

2011

Esse ano não vou nem fazer muita retrospectiva, porque nem prestei tanta atenção assim, ou melhor: meu coração estava menos aberto.

Foi um ano infernal pra mim, sob alguns aspectos emocionais. De modo que meu comentário sobre 2011 é resumido pela fala de Adam Warlock em seus momentos finais.















"Pois neste período, as coisas que me importavam e que eu conquistei desmoronaram. Todos aqueles que eu amava agora jazem mortos. Minha vida foi um fracasso. Eu agradeço este fim".

Roteiro e arte de Jim Starlin, brilhante.

















CALMA gente meu ano nao foi tão ruim assim. Conquistei muitas coisas, fiz alguns passos importantes, e creio que 2012 vai ser uma época de colher frutos de alguns trabalhos q fiz.

Mas assim como Adam Warlock, eu agradeço este fim, pois significa um recomeço. E não, o mundo não vai acabar ano que vem, seus otários preguiçosos. Vocês ainda vão ter que viver!

Que venha 2012, com todas suas realizações alegrias e desafios!

PS: essas 3 imagens são de uma única e fatídica página da revista Warlock #11 (anos 70, o ano eu não sei). Eu "fatiei" pra que o blogger não diminuísse demais o tamanho delas, mas mesmo assim, clique pra ampliar.

Bootleg ´11

Ùltimas postagens do ano, tem algo que eu não botei aqui ainda por puro vacilo: a coletânea Bootleg ´11 do blog Outros Críticos. Eu participei com a arte da capa e uma faixa chamada "Assombrações" que a galera do blog curtiu a ponto de escolher como faixa de abertura. E estou em ótimas companhias. Da coleta participam: Graveola, Novanguarda, Jean Nicholas, HVB, Ana Ghandra, Trio Eterno, Flávia Muniz, Victor Toscano, Diaton, entre outros. São sempre gravações obscuras de autores do cenário independente. Já é, pelos meus cálculos, a 3a vez q eu participo. Todo ano tem: se ligue pra chegar junto na próxima. Saca lá no link.

http://outroscriticos.blogspot.com/2011/12/lancamento-bootleg11-coletanea.html

e pode ouvir por aqui tb

Coletânea Bootleg'11 by blogoutroscriticos

Boa fruição (freeeeeeeeescow!!!!!!!!!!)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

recife tecno brega

Na terça, fui a festa do Morro da Conceição, festa muito tradicional aqui no Recife. A gente parou num barzinho q o DJ tava botando grandes sucessos do tecno brega local. Tá rolando esse lance aí todo de "Novinha", palavra da moda, e eu ainda não tinha prestado muita atenção... Deve ter tocado umas 15 músicas com essa palavra! Cheias de segundas intenções. Tem algumas até envolventes, mas repetitivas demais. É curioso que a gente tenha chegado nesse ponto musical, retrocesso, porque todas essas músicas são de um primarismo absurdo.

Muitas das coisas que eu ouço e aprecio também são primitivas (rock pode ser muito primitivo), mas não sei, falta um elemento nessa parada, é tudo óbvio demais. Falta Liberdade, Individualidade (como também acontece nas rodas de pagode de hoje em dia: falta cuíca). Falta Destruição e Reconstrução. Falta melodia. E eu até curti uma ou outra, mas quando penso que o pessoal praticamente só ouve isso, cheira a lavagem cerebral. Existe uma certa louvação intelectual sobre esse circuito brega, mas acho que é coisa de quem não mora no morro e não aguentaria viver essa realidade. È legal você que mora em bairro classe média ouvir isso numa festa às vezes, mas você não aguentaria viver o tempo todo escutando isso. Você consome a música fora do contexto social suburbano, acha engraçado, faz um texto louvando a hipotética independência do circuito tecno-brega. É interessante mesmo o fato de se estar produzindo música local e gerando um público próprio. Mas acho que alguns textos romantizam isso. E aí o intelectual depois vai ouvir seu Chico Buarque. No morro, é diferente, você escutaria isso o tempo todo.

O ponto de vista masculino predomina, mas cheguei a ouvir música feita pelas mulheres, também revidando na mesma moeda. Talvez nesse universo não façam sentido os conceitos de machismo ou feminismo. As coisas são simplesmente "Ploc Ploc é o barulho da Tchequinha batendo no meu chicote", sem perigo de romantismo, sem reflexão, sem política. É como se o mundo fosse só esse sexo pelo sexo, tendo como alternativa a Igreja Universal. Parece que o sexo é uma coisa que está fora do mundo e aliena, é mecânica pura. De todo jeito, geralmente quem faz as músicas são uns caras adolescentes, que do dia pra noite viram estrelas nesse circuito brega dos subúrbios e além. Isso relativiza um pouco a questão dessa busca por ninfetas, mas ela ainda existe. Acho que esse tipo de letra sugere um desajuste social entre a mulher e o homem, causado por essa cultura esquizofrênica. Equilibra esse Yin-Yang, Recife.

http://youtu.be/qS4CmLzAN7w

m m

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Yanomami


http://www.cleber.com.br/yanomamis/grandes/a24.jpg

RC canta RC


Recomendadíssimo dos novos sons: Rafael Castro mandando ver em cima das composições do Roberto Carlos.

RC CANTA RC!

O cara vai além das obviedades e transforma todos os arranjos.

http://traquitana.org/?page_id=7&album=103



sonzim de festa!

http://www.youtube.com/watch?v=gEmJ-VWPDM4&ob=av2e

The VAPORS : "Turning Japanese"

The VAPORS : "Turning Japanese"

Jesus não amacia pra ninguém.

Enquanto caminhavam pela estrada, disse-lhe alguém : "Seguir-te-ei para onde fores, Senhor". Respondeu-lhe Jesus: - As raposas têm tocas e as aves do céu tem ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde encostar a cabeça. Disse a outro: "Segue-me" e respondeu este: "Senhor, permita-me primeiro ir sepultar meu pai". Mas Jesus disse a ele: - Deixa os mortos sepultarem seus mortos; tu vais anunciar o reino de Deus!"


Evangelho de Lucas, Capítulo 9

o som mais maroto de todos os tempos: PEREZ PRADO

Mambo No. 5
http://www.youtube.com/watch?v=7CADAUKiieQ&feature=related



Claudia!
http://www.youtube.com/watch?v=TS0-5WyXClc&feature=related


My Roberta
http://www.youtube.com/watch?v=I_V42Pon6Rg


Dámaso Pérez Prado (December 11, 1916 – September 14, 1989) was aCuban bandleader, musician (singer, organist and pianist), and composer. He is often referred to as the 'King of the Mambo'.[1]

Prado is the composer of such famous pieces as "Mambo No. 5" (later a UK chart-topper for both Lou Bega in 1999 and animated character Bob the Builder in 2001) and "Mambo No. 8". At the height of the mambo movement, in 1955, Prado hit the American charts at number one with a cha-cha version of "Cherry Pink and Apple Blossom White" (composed by French composer Louiguy). This arrangement, featuring trumpeter Billy Regis, held the spot for 10 consecutive weeks. The song also went to number one in the UK[2] and in Germany.[3] Prado had first covered this title for the movie Underwater! in 1954, where Jane Russell can be seen dancing to "Cherry Pink". In 1958 one of Prado's own compositions, "Patricia", became the last record to ascend to #1 on the Jockeys and Top 100 charts, both of which gave way the following week to the then newly-introduced Billboard Hot 100 chart. The song also went to number one in Germany, and in the UK it reached number eight.[4]

Depoimento de Shayene Metri sobre o fim da ocupação da USP.

Depoimento de Shayene Metri sobre o fim da ocupação da USP. Eu não tenho nada a ver com isso e passei os últimos dias alienado, sem nem me informar direito. Mas repasso. È um outro ponto de vista, é informação. Postado em 8 de novembro no Facebook dela.



Cheguei na USP às 3h da manhã, com um amigo da sala. Ia começar o nosso 'plantão' do Jornal do Campus. Outros dois amigos já estavam lá. A ideia era passar a madrugada lá na reitoria, ou pelas redondezas. 1) para entender melhor a ocupação, conhecer e poder escrever melhor sobre isso tudo. 2) para estarmos lá caso a PM realmente aparecesse para dar um fim à ocupação.

Conversa vai, conversa vem. O tempo da madrugava passava enquanto ficávamos lá fora, na frente da reitoria, conversando com alunos da ocupação. Alguns com posicionamentos bem definidos (ou inflexíveis), outros duvidando até das próprias atitudes. A questão é: os alunos estavam lá e queriam chamar atenção para a causa (ou as causas, ou nenhuma causa)...e, por enquanto, era só. Não havia nada quebrado, depredado ou destruído dentro da tão requisitada reitoria (a única marca deles eram as pixações). A ocupação era organizada, eles estavam divididos em vários núcleos e tinham medidas pra preservar o ambiente. Aliás, nada de Molotov.

Mais conversa foi jogada fora, a fogueira que aquecia se apagou várias vezes e eu levantei a pergunta pra alguns deles: e se a PM realmente aparecesse lá logo mais? Seria um tiro no pé dela? Ela sairia como herói? Os poucos que conversavam comigo (eram uns 4, além dos amigos da minha sala) ficaram divididos. "Do jeito que a mídia está passando as coisas, eles vão sair como heróis de novo", disse um. "Se ele vierem vai ter confronto e isso já vai ser um tiro no pé deles", disse outra. Mas, numa coisa eles concordavam: poucos acreditavam que a PM realmente ia aparecer.

Eu achava que a PM ia aparecer e muito provavelmente isso que me fez ficar acordada lá. Não demorou muito e, pronto, muita coisa apareceu. A partir daí, meu relato pode ficar confuso, acho que ainda não vou conseguir organizar tudo que eu vi hoje, 08 de novembro.

Muitos PMs chegaram, saindo de carros, motos, ônibus, caminhões. Apareceram helicópteros e cavalaria. Nem eu e, acredito, nem a maior parte dos presentes já tinham visto tanto policial em ação. Estávamos em 5 pessoas na frente da reitoria. Dois estudantes que faziam parte da ocupação, eu e mais 2 amigos da minha sala, que também estavam lá por causa do JC. Assim que a PM chegou, tudo foi muito rápido:

os alunos da ocupação que estavam com a gente sugeriram: "Corram!", enquanto voltavam para dentro da reitoria. Os dois amigos que estavam comigo correram para longe da Reitoria, onde a imprensa ainda estava se posicionando para o show. Eu, sabe-se lá por qual motivo, joguei a minha bolsa para um dos meninos da minha sala e voltei correndo para frente da reitoria, no meio dos policiais que avançavam para o Portão principal [e único] da ocupação.

Tentei tirar fotos e gravar vídeos de uma PM que estava sendo violenta com o nada, para nada. Os policiais quebravam as cadeiras no carrinho, faziam questão do barulho, da demonstração da força. Os crafts com avisos dos estudantes, frases e poemas eram rasgados, uma éspecie de símbolo. Enquanto tudo isso acontecia, parte da PM impedia a imprensa de chegar perto da área, impedindo que os repórteres vissem tudo isso. Voltando para confusão onde eu tinha me enfiado: os PMs arrombaram a porta principal, entraram (um grupo de mais ou menos 30, eu acho) e, logo em seguida, fecharam o portão. Trancaram-se dentro da reitoria com os alunos. Coisa boa não era.

Depois disso, o outro grupo de PMs,que impedia a mídia de se aproximar dessas cenas que eu contei , foi abrindo espaço. Quer dizer, não só abrindo espaço, mas também começando (ou fortalecendo) uma boa camaradagem para os repórteres que lá estavam atrás de cenas fortes e certezas.

"Me sigam para cá que vai acontecer um negócio bom pra filmar ali agora", disse um dos militares para a enxurrada de "jornalistas".

A cena era um terceiro grupo de PMs, arrombando um segunda porta da reitoria, sob a desculpa de que queria entrar. O repórter da Globo me perguntou (fui pra perto deles depois da confusão em que me meti com os policiais no início): "os PMs já entraram, não? Por que eles tão tentando por aqui também?". Respondi: "sim, já entraram. E provavelmente estão fazendo essa cena pra vocês terem algum espetáculo pra filmar"

A palhaçada organizada pelos policiais e alimentada pelos repórteres que lá estavam continuou por algumas horas. A imprensa ia contornando a reitoria, na esperança de alguma cena forte. Enquanto isso, PM e alunos estavam juntos, dentro da Reitoria, sem ninguém de fora poder ver ou ouvir o que se passava por lá. Quem tentasse entrar ou enxergar algo que se passava lá na Reitoria, dava de cara com os escudos da tropa de choque, até o fim.

Enquanto amanhecia, universitários a favor da ocupação, ou contra a PM ou simplesmente contra toda a violência que estava escancarada iam chegando. Os alunos pediam para entrar na reitoria. Eu pedia para entrar na reitoria. Tudo que todo mundo queria era saber o que realmente estava acontecendo lá dentro. A PM não levava os estudantes da ocupação para fora e o pedido de todo mundo era "queremos algo às claras". Por que ninguém pode entrar? Por que ninguém pode sair?

Enquanto os alunos que estavam do lado de fora clamavam para entrar, ouvi de um grupo de repórteres (entre eles, SBT): "Não vamos filmar essas baboseiras dos maconheiros não! O que eles pedem não merece aparecer". Entre risadas, pra não perder o bom humor. Além dos repórteres que já haviam decidido o que era verdade ou não, noticiável ou não, tinham pessoas misturadas a eles, gritando contra os estudantes, xingando. Eu mesma ouvi muitas e boas como"maconheirazinha", "raça de merda" e "marginal" .

Os estudantes que enfrentavam de verdade os policiais que faziam a 'corrente' em torno da Reitoria eram levados para dentro. Em questões de segundos, um estudante sumia da minha frente e era levado pra dentro do cerco. Para sabe-se lá o que.

Lá pras 7h30, depois de muito choro, puxões e algumas escudadas na cara, comecei a ver que os PMs estavam levando os estudantes da ocupação para dentro dos ônibus. Uma menina foi levada de maneira truculenta, essa foi a única coisa que meu 1,60m de altura conseguiu ver por trás de uma corrente da tropa de choque. Enquanto eu tentava entrar no cerco, para entender a história, a grande mídia já estava lá dentro. Fui conversar com um militar, explicar da JC. Ouvi em troca "ai, é um jornal da usp. De estudantes, não pode. Complica".

Os ônibus com os alunos presos saíram da USP. Uma quantidade imensa de outros alunos gritavam com a PM. Eu e os dois amigos da minha sala (aqueles da madrugada) pegamos o carro e fomos para a DP.

Na DP, o sistema era o mesmo e meu cansaço e raiva só estavam maiores. Enjoo e dor de cabeça, era o meu corpo reagindo a tudo que eu vi pela manhã. Alunos saiam de 5 em 5 do ônibus para dentro da DP. Jornalistas amontoados. Familiares chegando. Alunos presos no ônibus, sem água, sem banheiro, sem comida, mas com calor. Pelo menos por umas 3h foi assim.

Enquanto a ficha caia e eu revisualizava todo o horror da reintegração de posse, outras pessoas da minha sala mandavam mensagens para gente, de como a grande imprensa estava cobrindo o caso. Um ato pacífico, né Globo? Não foi bem isso o que eu vi, nem o que o JC viu, nem o que centenas de estudantes presenciaram.

Enfim, sou contra a ocupação. Sempre tive várias críticas ao Movimento Estudantil desde que entrei na USP. Nunca aceitei a partidarização do ME. Me decepciono com a falta de propostas efetivas e com as discussões ultrapassadas da maioria das assembléias. Mas, nada, nada mesmo, justifica o que ocorreu hoje. Nada pode ser explicação pra violência gratuita, pro abuso do poder e, principalmente, pela desumanização da PM.

Não costumo me envolver com discussões do ME, divulgar textos ou participar ativamente de algo político do meio universitário. Mas, como poucos realmente sabem o que aconteceu hoje (e eu acredito que muita coisa vai ser distorcida a partir de agora, por todos os lados), achei que valeria a pena escrever esse texto. Taí o que eu vi.


terça-feira, 11 de outubro de 2011

its the end....


... but it´s not the end of the world

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

artes plásticas é a solução



































































































apresentando trabalhos de Henri Rousseau, Paul Gauguin, Paul Signac, Renoir, Salvador Dali, Manet, Vermeer, Roy Lichtenstein, Almeida Jr,










Joan Miró, Paul Klee, Goya, Mucha, etc

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Você tem que me amar


Você tem que me amar

inscrições d´arte

Coisas de arte pra se inscrever:

BIENAL
Concurso Literário da VIII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco: “Termine essa história” . Até 22 de setembro.

FUNDAJ
**** inscrições para a 5ª Edição do Concurso de Videoarte da Fundação Joaquim Nabuco, que concederá dois prêmios de R$ 25 mil para projetos artísticos que utilizem suporte em vídeo.
até 30 setembro.
**** inscrições para realização do IV Concurso Mário Pedrosa de Ensaios sobre Arte e Cultura Contemporâneas. Até 30 de setembro.


FLIPORTO
tem 2 premios: "poesia ao vídeo" e "toc140: poesia no twitter
http://fliporto.net/premios


MUSICA CARNAVALESCA RECIFE 2011/1012
Tá rolando, mas preciso achar o link ainda.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Jesus, Nostalgia, Ramones

Me sentindo o próprio punk-hippie-rajneesh, pois estava lendo no meu quarto um livro de Bagwan Shree Rajneesh - hoje mais conhecido como Osho. Aí, incomodado com o som da TV na sala, resolvo ligar o som e dou play sem saber qual CD está dentro dele. Começa a tocar uma coletânea do Ramones. Enfim, só um preâmbulo pra botar algumas considerações de Osho, complementando com outras de Alan Moore (outro barbudo). Pra fechar a transmissão noturna, um clipe do Ramones.


"Cristianismo nada tem a ver com Cristo. Na verdade, é anti-Cristo - assim como Budismo é anti-Buda e jaínismo é anti-Mahavir. O que existe em Cristo não pode ser organizado; a rebelião é sua própria natureza, impossível ser organizada. No momento que organiza, você a mata. Então resta apenas um cadáver que você pode venerar, mas nunca ser transformado por ele."

"O homem vive no passado - para ele o passado é mais importante porque já está estabelecido, sedimentado. Muito se apostou, muito se investiu neste passado. Por exemplo, se de repente lhe digo que a maneira como você faz suas orações está errada, e isso acontece há 50 anos - o risco agora é muito grande. Acreditar em mim é acreditar que seus 50 anos foram inúteis, é desacreditar 50 anos da sua própria vida. (...) Você vai lutar, vai se defender."

Bhagwan Shree Rajneesh, no livro Palavras de Fogo. Global Editora, 1983.



Alan Moore, (em desenho de Frank Quitely) sobre os fãs do seu trabalho e fãs de quadrinhos em geral.
Entrevista completa no site do GUARDIAN UK .

"My only problem with fans is when they turn pro. For example, when all the professional writers were fired by DC in the 60s, they brought in a generation of comic book fans who would have paid to have written these stories. When I started out I was writing for 9-13-year-olds with maybe a few 18-year-olds. These days, the majority of the comic book audience is 40-somethings who are not necessarily interested in comic books as a medium or panel progression or sequential narrative. They are probably interested in Wolverine. There is a large nostalgic component in there and there's nothing wrong with it. But if those people then begin to influence the books themselves or increasingly the movies or the television series then they will want their story to refer to stories that they remember. It becomes very incestuous and over a few decades you get a very limited dwindling gene pool. And you get stories that have become weak through inbreeding.
"


Entenderam? "Nestes dias, a maioria do público dos quadrinhos tem por volta de quarenta anos e não estão necessariamente interessados nos quadrinhos como mídia ou arte sequencial. Eles estão interessados no Wolverine."

É por aí mesmo. A indústria do entretenimento subestimando sempre o espectador, tratando como criança mimada, e a culpa é também dos espectadores que só aceitam referências ao universozinho pop que eles conhecem. Não estão interessados no pensamento, na técnica dos artistas, na linguagem em si. Então é fácil e reconfortante encher um filme com piadinhas bestas sobre Star Wars ou qualquer mitologia made in Hollywood. Ajuda a manter o gado no curral. Momento eterno deja-vu, que estamos vivendo.

Aliás, essa entrevista tá ótima. Ele falando sobre seus projetos atuais, incluindo a Liga Extraordinária 1969, e o livro Jerusalem que já tem mais palavras do que a Bíblia, segundo ele. O livro deve ficar pronto no começo do ano que vem, e um dos capítulos que mais o esgotou foi um no qual ele simula a escrita de James Joyce.

"I'm expecting to get this finished by early next year. When Jerusalem passed the two-thirds mark it was over half a million words, which is actually longer than the Bible. I'm really proud of that. I'm hoping everybody will confuse quantity with quality. Jerusalem might one day be known as the really Good Book."

Agora, considerando que este revival Osho agora veio por causa de uma terapia, segura esse clássico do Ramones.

PSYCHO THERAPY
RAMONES

O que aliás, o fato comovente de Joey Ramone ter sido internado em hospitais psiquiátricos, então o que ele fala em músicas como essa ou "Teenage Lobotomy" e "Gimme Gimme Shock Treatment" é bastante verdadeiro. Esse é o RAMONES, banda mais true do universo.

abs
grmn

sábado, 16 de julho de 2011

Motherlover

Por falar em Susan Sarandon... Sacaí esse clipezinho divertidíssimo do The Lonely Island.



fucking each other´s moms!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Gene Colan




Gene Colan (01/set/ 1926 .... 23/jun/2011). Pra lembrar do talento dele, aqui está uma bela página que ele fez pra revista da Mulher Maravilha (Wonder Woman n. 290, 1982, arte-finalizado por Romeo Tanghal). Os quadrinhos dele eram muito dinâmico, um uso mais expressionista da anatomia humana, as figuras elegantemente retorcidas, um estilo bem adequado aos quadrinhos de aventura, super-heróis e terror que ele ilustrava. Abaixo, uma cena do desfecho da história, muito expressiva.



"Morreu, aos 84 anos, nos Estados Unidos. De acordo com o site oficial do desenhista, ele sofria de problemas crônicos no fígado, coração e câncer. O último trabalho de Colan foi a arte Captain America 601, publicada no Brasil em abril do ano passado. Também em 2010, o desenhista ganhou o prêmio Eisner na categoria melhor história fechada. Recentemente, ele havia feito participações em edições comemorativas da Marvel."

Alguns de seus trabalhos mais cultuados foram feitos nos anos 70:
Tomb of Dracula (série de terror) e Howard The Duck (série satírica com roteiros de Steve Gerber, que infelizmente foi marcada por processos da Disney contra a Marvel, mas é considerada um trabalho bastante inovador). Também foi importante co-criador de personagens negros no mainstream americano, tais como o Falcão, parceiro do Capitão America em muitas histórias, e o caçador de vampiros Blade.

domingo, 10 de julho de 2011

os grandes clipes comédia caseiros

PAPO DE ESQUINA (Roberto & Erasmo Carlos)





BOYS CDU _ as long as you love me

domingo, 3 de julho de 2011

tiras do dia : 3 de julho de 2011


((( click pra ampliar )))




((( click pra ampliar )))



... mas são bem antigas ...

((( click pra ampliar )))
pOLLY AND HER PALS by Clif Sterrett
e umas tira antigas do Fernando Gonsales (Nìquel Naúsea) , essa é escaneada de uma gramática de 2 grau !
((( click pra ampliar )))

quarta-feira, 15 de junho de 2011

retrospectiva de meio do ano.

... uma retrospectiva das novidades do ano (ainda estamos em junho), que eu me lembro:

Tune-Yards / whokill (2011)
melhor disco do ano até agora? E um vídeo impressionante também!



White Denim / D (2011)
Novo disco é muito bom. Baixei e recomendo.





PNEU _ Higway to health
Melhor capa, nome de banda e nome de disco.
O som é bom, mas inda não ouvi o bastante pra afirmar mais. Pauleira.

Aliás, capas são sempre pra mim um dos grandes lances. Capas estranhas e originais muitas vezes tem sons bons, estranhos e originais. Quando eu abro um blog com discos pra baixar, a capa geralmente é meu guia.









Muito bom também o HELADO NEGRO ! Recomendadíssimus sons.
HN

Helado Negro - Dahum from Asthmatic Kitty on Vimeo.

HN


Musica foda e clipe bonitão esse do BATTLES, "Ice Cream", ainda vou baixar esse disco.
B

BATTLES - Ice Cream from CANADA on Vimeo.

B
2011, ano do sorvete na música pop!

No mais aguardo o lançamento do novo do Stephen Malkmus, produzido por Beck. No entanto esta nova música "Senator" não impressiona. O que é um mau sinal, pois acho que esse disco só vai ser bom se marcar uma guinada.... (e eu digo isso sendo o maior fã do cara), mas esperemos o disco vazar pra confirmar tal afirmativa.

Estou feliz de saber que vai rolar disco do Rapture. Discos do Panda Bear e Black Lips até agora não causam grande impressão. Enquanto isso baixo Meredith Monk.... * RETIRO O QUE DISSE, o BLACK LIPS tá ducarajos (17 jun 20111) !

BL BL

A galera brasuca anda lançando coisas, sim, é verdade....
não tenho acompanhado totalmente, mas no meu círculo de amizades, inclusive eu mesmo e meus amigos na trilha sonora do filme O Ano Passado Em Itamaracá, fora isso o Canivetes lançou disco "Boa noite, Boemia" essa semana, mas ainda não ouvi. O Luiz Pessoa - que participou da trilha de Itamaracá botou na roda o "De olho no tempo" que tem algumas faixas bastante boas. No mais estou completamente defasado, mas aparentemente nenhum artista brasileiro que eu goste com força lançou disco esse ano ainda. Na dúvida tô baixando coisas aí pra ver se garimpo alguma pérola... Depois escreverei mais sobre esse lado nacional da força! * Lembrei depois que o Feiticeiro Julião também foi desse ano.Tô escutando também Ordinária Hit. (19jun2011)

Geraldo Pereira

Se existem no Brasil alguns compositores que nunca perderam a atualidade,
dentre eles, sem dúvida, está o sambista Geraldo Pereira (1919-1955) !

Eu fui buscar uma mulher na roça / que não gostasse de samba / e não gostasse de troça. / duas semanas depois que aqui chegou / mandou esticar os cabelos / e as unhas dos pés pintou / foi dançar na gafieira / e até hoje não voltou. >

Mesmo que a visão pareça levemente antiquada no tratamento da questão feminina (especialmente para as feministas), o que ele falava era tão verdadeiro, tão bem feito e tão honesto, um retrato do que acontecia, e ainda acontece na sociedade brasileira!

Essa introduçãozinha capenga é só pra reforçar :

http://sambazul.blogspot.com/2010/01/geraldo-pereira-em-78-rotacoes.html

Tem que ser conhecido. É um gênio! Ele é o melhor. Vá no blog, baixe, ouça!


domingo, 12 de junho de 2011

covered


Fascinante esse blog COVERED, com capas originais de gibis e suas recriações por outros artistas. Passei várias horas olhando, salvando as que eu mais gostava. Saca só esse exemplo do Tintin clássico de Hergé e sua recriação por Philippe Debongnie.

Nem sempre as recriações são realmente boas ou criativas. De todo jeito, me inspirou: tô pensando em também fazer minha interpretação de alguma das minhas capas preferidas.

Alguns destaques do Covered: Omega Men, Calvin & Haroldo, Batman 1, etc.

O engraçado é que alguns trabalhos não aproveitados pelo autor do blog fizeram outras pessoas a criar o blog REJECTED BY COVERED! com a mesma proposta. Também tem coisas massa, como esas versão do Genesis de Crumb!

Ah. e nessa vibe tem o REPANELED, em que artistas recriam um quadrinho de uma HQ específica.









sexta-feira, 10 de junho de 2011

Jeff Jones


Aquele abraço na alma d@ ilustrador@ e quadrinist@ Jeff Jones, que faleceu há alguns dias. Da geração brilhantemente art noveau dos anos 60/70 nos Eua, que nos deus artistas como Bernie Wrightson, Mike Kaluta, Richard Corben, P. Craig Russel, entre outros. Acho que a arte pintada del@ foi bastante influente pra geração seguinte de pintores de quadrinhos dos anos 80, em especial para Kent Williams.

Acabo de corrigir esse texto pois vi na Wikipedia que Jeff Jones nasceu homem, mas fez mudança de sexo! Tô passado. (born Jeffrey Durwood Jones, January 10, 1944 – May 19, 2011. World renowned illustration artist Frank Frazetta called Jones "the greatest living painter".)

O interessante é que antes de virar mulher, Jones foi casado com a roteirista Louise Simonson, que na época era Louise Jones. Depois foi que ela casou com Walter Simonson e chegou ao novo sobrenome.

O que há pra gente pensar sobre a arte de gente como Jeff Jones ou Frank Frazetta? Dá pra pensar que já existia arte pintada nos quadrinhos há algum tempo, embora fosse quase sempre usada para ilustrar histórias curtas de fantasia e ficção científica, em revistas como Heavy Metal. Nos anos 80, que marcou o auge da arte pintada no mercado editorial, essa técnica foi usada com outras intenções, outros estilos, outros tipos de roteiro, mais próximo do mercado dos comics de super-heróis. Depois vou tentar pesquisar mais sobre isso.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

I´m SICK of parking cars

Tem alguns discos que pouca gente conhece (até entre os alternativos!) mas são sucessos eternos no meu Hit Parade. Um deles é o primeirão do The Auteurs, intitulado New Wave.

As letras de Luke Haines são bastante elípticas, nunca sei ao certo sobre o que ele está cantando. Só sei que a música é tão elegante, melodiosa, que isso termina sendo só um detalhe a se desvendar depois...

p

p

Never saw
your driver's eyes
Or me on parking street
We were planning
your demise
Your chauffeur's tired
But you're still on heat
Downtown,
you're burning down
I'm sick of parking cars...
There are only -
two people here
Who are worthy
Of your pool
and your palace
So stand down now
Stand down
You're standing down...
Never thought
I'd see the day
When your pale face
turned grey
Got no guts, got no fame
Your epitaph
Sorely missed
Your unfaithful slave
Home again
Housesitting again
Rifle through
Your possessions
and stuff
Things that you
Are ashamed of
Home again,
housesitting again
Looking through photos
At the back of your drawer
The way that you looked
When you were small
You're safe,
there's no prowler
No creeper in your lane
It's better than drugs,
it's cool
To be in your home again
Home again,
housesitting again
It's just a little bit far

>From the main crowd
Reading your poems
When you're not around
Home again,
housesitting again
Hospital letter,
a clinic on hold
A test that you took
Awaiting results

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Trilha Sonora _ Itamaracá !














Entreguei ao universo a trilha sonora de O ANO PASSADO EM ITAMARACÁ ! Estrelando os seguintes artistas : Aduhere Karembe, D Mingus, German Ra, Hugo Coutinho, Los Panchos Hoasqueros, Sabiá Sensível.

Pode ser escutada em streaming no SoundCloud, ou então faz o download via 4shared.

Apesar de mais longa que o filme, a trilha é relativamente curta , 30 minutinhos, o que chega a ser espantoso pra mim que trabalhei por tanto tempo nela! É música concentrada. E muito variada, pois eu consigo identificar elementos de rock andino psicodélico, africanismos, ambient music, samba rock, salsa, a capella, música romântica, remixes loucos, progressivo. Pensada como um disco com começo, meio e fim, ajustado pra proporcionar uma experiência de imersão, de concatenação das faixas.

É basicamente o caos! No meio desse caos o mundo vai nascer. Ou pelo menos eu, que estou livre pra agora terminar meu disco solo, entre outras coisas. Espero que escutem e gostem.



Play -- O ano passado em Itamaraca _ Original Soundtrack by GERMANRA --- it





quinta-feira, 19 de maio de 2011

Leituras do momento: Jason, Peter Pan

Leituras do momento:

PETER PAN.

Na edição barata e bem cuidada da L&PM. O livro de James Mathew Barrie, escocês, é daqueles que transcende o rótulo "infantil", porque é um dos textos mais inteligentes que eu tenho notícia, recompensador, cheio de imaginação, bem humorado. Estou ainda no começo. Mas já sou fã.

E o mais legal é que as aventuras dele tem uma linguagem profundamente simbólica, e tem uma observação profunda do ser humano, e tem uma lógica própria das histórias inventadas pra crianças. Embora seja às vezes sangrento, uma aventura realmente perigosa. Ai vai um trechinho:

"Peter pensava em tudo.
- Slightly- ordenou - vá buscar um médico.
- Afirmativo - respondeu Slightly no ato, e sumiu de vista, coçando a cabeça; mas sabia que Peter devia ser obedecido e retornou pouco depois, usando o chapéu de John e exibindo uma expressão solene.
- Com licença - disse Peter, aproximando-se dele-, o senhor é médico?
A diferença entre Peter e os outros meninos, em momentos como aquele, era que eles sabiam que era faz de conta, e para ele o faz de conta e a verdade eram exatamente a mesma coisa. Isso às vezes lhes causava problemas, como nas ocasiões em que tinham de fazer de conta que já tinham jantado."

WHAT I DID, de Jason.

È uma coletânea em capa dura com três trabalhos do cartunista: "Hey, Wait", "Shhhh" e "The Iron Wagon". Pra quem não conhece, embora inda não tenha sido publicado no Brasil, Jason é um cartunista genial, norueguês, publicado pela Fantagraphics lá fora, conhecido pelo estilo minimalista dos seus desenhos, sempre com bichos antropomórficos. Só lendo pra ver. Ele é muito bom. Ainda não terminei "The Iron Wagon", que é a história mais diferente do volume por sem em cor vermelha e ter muitas palavras (adaptação de um romance norueguês). "Hey, Wait" e "Shhhhh" são histórias minimalistas, falando da vida. Da vida de seus personagens e das nossas. Algo bem universal, mesmo nos seus desdobramentos surreais, sabemos que ele está falando de algo muito cotidiano, muito humano, apesar das cabeças de pássaro, coelho ou cachorro dos personagens.

Aí eu pergunto: como é que esse cara ainda não foi publicado no Brasil? È muito bom, geralmente em preto e branco ou uma cor só, e algumas das histórias nem precisariam de tradutor. Enquanto isso, se publicam coisas altamente mais ou menos.... Não entendo mesmo. Cadê o bom gosto de vocês, galera das editoras?

Jason tem outro volume-coletânea chamado ALMOST SILENT, também em capa dura e com quatro trabalhos diferentes. Desde já na minha lista pra comprar quando tiver grana!

Recomendo.

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...uma vez eu subestimei e me dei mal!