quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Retrospectiva Musical 2010 internacional

Este ano nem prestei tanta atenção em música nova. LOGO este post ainda não está maduro e vai ser atualizado a medida que eu lembrar ou travar contato com mais coisas de 2010 (atualizações virão nos comentários). Estou ouvindo agora o "Swim" do Caribou e parece que é um grande disco. Sim, estou baixando Kanye West e se ele não prestar, juro que nunca mais baixo nenhuma "boa novidade" do rap.

Mejores músicas GRINGAS

Sobre os gringos, não consegui me fixar muito em um disco especificamente, mas destaco algumas faixas que ecoaram na minha cabeça.

// Beach House "Zebra" e
"Silver Soul" . Na real, essas músicas já estavam na retrospectiva do ano passado, mas repito aqui porque elas continuaram ecoando na minha cabeça, principalmente no começo do ano. E o disco "teen dream", oficialmente, é de 2010.
// Gorillaz "Stylo". Soa como um mix entre Kraftwerk e música negra/ disco do fim dos anos 70.
// Deerhunter "Earthquake", "Revival", entre outras do HALCYON DIGEST. Virando lugar comum o Bradford Cox aparecer aqui nas retrospectivas. Ano passado com seu outro projeto, o Atlas Sound... Tem culpa eu? o cara é bom mesmo.
// Happy Birthday "Subliminal Message". Versão ao vivo e em Estúdio . Curioso: quando eu comecei a ouvir mais essa música do que "Zebra", marcou uma nova fase na minha vida pessoal (Garanhuns feelings). Ela é boa de um jeito meio pegajoso, e a versão estúdio devia ser mais suja, mais seca, mas é GENIAL. O melhor fraseado de guitarra do ano.
// Born Ruffians "Sole Brother" ou "nova leigh". Esse novo disco, "Say it", é incrível.
NL NL
// Muito legal essa versão de Beethoven pelos Los Destellos. Embora não saiba se é de 2010.
// Melhor clipe de 2010? Provavelmente EL GUINCHO. "Bombay". Ainda vou escutar esse disco "Pop Negro".
Por falar em música latina, tem uma lista aqui q promete ser legal. Averiguar depois esse s discos. http://panamerika.fm/blog/panamerika-2010-albumes/

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Chico e os anos 90

Como ando pesquisando sobre os anos 90 para um roteiro, tenho pensado um pouco em Chico Science. Vou compartilhar com vocês.

. Repensando.

A música "jovem" de pernambuco não foi absorvida por 99% da população. Claro que uns 50% por cento da população não sabe o que é cultura. Ou tem a visão deturpada da cultura que é repassada pela rede globo e pela maioria dos meios de comunicação.

Chico Science conseguiu ser absorvido como ícone.

Mas eis o que eu penso:
apesar de ter sido o grande transmutador, a grande ruptura,
Chico sentia o peso de uma cidade atrasada, mesquinha, em que a pobreza material contamina o espírito.
Num ambiente como esse, a pessoa com tendência artística é reprimido violentamente.
Tudo parece dizer: Não faça nada, fique quieto, caladinho, seja um bom menino.

E nesse contexto, a articulação de Chico foi algo tão difícil de trazer a tona que veio embalada num conceito de marketing, de mangueboy, que era um saco já na época. Foi a sua forma de tentar transformar o problema - ser do RECIFE, na época em que isso não valia nada - em solução.

Por isso eu acho que Chico teceu momentos geniais, inestimáveis, mas vem de um processo de se auto-afirmar, que parece em alguns momentos ingênuo demais. Uma coisa que desaguou no ufanismo pernambucano chato, uma valorização falsa e superficial da cidade e de certas tradições, que representa apenas uma modernização da tendência de matar a cultura, a cultura que é viva e se transforma - a solução da sociedade é SEMPRE empalhar e deixar tudo num museu.

E hoje a música dele é lembrada na sua forma mais caricatural, às vezes durante o carnaval, ocasião em q já vi tocarem "A Praieira" inúmeras vezes.

A morte de Chico parece ter sido parte de um estranho complô que matou ídolos durante os anos 90. Algo não deliberado, mas que parece ter sido regra. Quando não morriam as pessoas, as bandas acabavam. Todas as carreiras desandavam, talvez por terem sido anos de transição, do surgimento e declínio do CD. Estamos agora encerrando os anos 2000, uma geração mais pulverizada, mais desencanada, mais distante das grandes gravadoras, mais auto-suficiente. Eu lembro os anos 90 - era adolescente - como uma mistura de ativismo e negativismo. O Nirvana, os quadrinhos da Vertigo, eram coisas que tinham um potencial libertador, pelo grau de niilismo com que se chocavam com certos valores, ao mesmo tempo que pareciam completamente auto-destrutivos. Moral da história? Não sei. Eu me sinto melhor nos anos 2000.

Estes pensamentos estão um pouco desconexos, eu sei. Mas achei melhor escrever do que esquecer...

Trabalha, Daft Punk!

Samplear é do caralho! Mas tem gente que usa não como um recurso para criar, mas se aproveitam das criações dos outros e assinam seu nome lá.

O Daft Punk, em voga pela trilha sonora de TRON, é useiro e vezeiro nesse tipo de coisa. Assim é muito fácil ser genial e ganhar dinheiro e vender milhões de discos.

Ouçam essa música do Breakwater e depois a do Daft Punk

B

B

D

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Pra quem quiser se aprofundar, tem esse link que o Tarta mandou, com os samples que eles usam....
http://fdefubeca.blogspot.com/2010/05/discovered-collection-of-daft-punk.html

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

quando os vazios da fome não se tem com que cruzar?


Emocionadíssimo lendo Morte e Vida Severina em quadrinhos. Coisa fina mesmo. Adaptação feita pelo cartunista pernambucano Miguel (M. Falcão, de Timbaúba) para o poema de João Cabral de Melo Neto.

O mercado anda saturado de adaptações literárias burocráticas, broxantes, e o trabalho de Miguel é uma das exceções. Ele consegue ter uma vida própria, uma fluidez narrativa, graças ao traço excelente, à esperteza das metáforas visuais!

A versão em desenho animado foi lançada ontem, e está muito bem feita. Recomendo a todos... Podem ser encontrados na editora Massangana (fundaj- Derby - Recife).



















—— Seu José, mestre carpina,
para cobrir corpo de homem
não é preciso muito água:
basta que chega o abdome,
basta que tenha fundura
igual à de sua fome.

—— Severino, retirante
pois não sei o que lhe conte
sempre que cruzo este rio
costumo tomar a ponte
quanto ao vazio do estômago,
se cruza quando se come.

—— Seu José, mestre carpina,
e quando ponte não há?
quando os vazios da fome
não se tem com que cruzar?
quando esses rios sem água
são grandes braços de mar?

—— Severino, retirante,
o meu amigo é bem moço
sei que a miséria é mar largo,
não é como qualquer poço:
mas sei que para cruzá-la
vale bem qualquer esforço.

—— Seu José, mestre carpina,
e quando é fundo o perau?
quando a força que morreu
nem tem onde se enterrar,
por que ao puxão das águas
não é melhor se entregar?

—— Severino, retirante,
o mar de nossa conversa
precisa ser combatido,
sempre, de qualquer maneira,
porque senão ele alarga
e devasta a terra inteira.

—— Seu José, mestre carpina,
e em que nos faz diferença
que como frieira se alastre,
ou como rio na cheia,
se acabamos naufragados
num braço do mar miséria?

—— Severino, retirante,
muita diferença faz
entre lutar com as mãos
e abandoná-las para trás,
porque ao menos esse mar
não pode adiantar-se mais.

domingo, 12 de dezembro de 2010

o blues da última palavra gentil

revendo o documentário CRUMB, e na trilha tem essa pérola do blues.
uma das músicas mais atormentadas que eu já ouvi.

http://www.youtube.com/watch?v=oAKfy2W70Qg
G

G

Last Kind Words Blues
by Geechie Wiley

(Guitar Intro)

The last kind word I heard my daddy say
Lord the last kind word I heard my daddy say

If I die, if I die in the German War
I want you to send my body, send it to my mother-in-law

If I get killed, if I get killed, please don’t bury my (soul) (sword)
I (p’fer) just leave me out, let the buzzards eat me whole

When you see me comin’, look ‘cross the (rich man’s) (Richland) field
If I don’t bring you flour, I’ll bring you (?)

(Guitar Solo)

I went to the depot, I looked up at the sign
Cry some train don’t come, there’ll be some walkin’ done

My momma told me, just before she died
Lord, (since the dawn, I thought you’d be so wise) (I brought you a piece of ?)

The Mississippi River, you know it’s deep and wide
I can stand right here, see my (babe) (face) from the other side

What you do to me baby, it never gets out of me
I mean I’ll see you, after I cross the deep blue sea

Obviously, this song is about a guy that went off to war in WWI. It's interesting that he'd want his body sent to his mother-in-law and eaten by buzzards. If anybody knows more than I do about WWI, maybe you could help fill in the blanks, or give corrections?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

via joão lucas

um dia a gente vai saber que o amanhã foi embora de mansinho, como se fosse ontem. (t.s. eliot)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Festival Pai da Mata 2


O Festival de Arte Livre Pai da Mata está em seu segundo ano,
envolvendo vários artistas de diversas áreas: música, performance, artes plásticas, fotografia, cinema e projeção de vídeos.

Vai acontecer, como na primeira edição, no Espaço Cultural Curupira, próximo à Universidade Rural de Pernambuco.
Dia 12 de dezembro de 2010 (este domingo).
O ingresso custa apenas 5 reais, e a programação tem início às 14h, terminando às 23h.









Confira a programação:

Música:
Paulo Paes
Pântano
Sabiá Sensível
Grupo de Improviso Auto-Ajuda
Monstro Amor
Chambaril

Artes Plásticas:
Laura Melo - Instalação
Milene Migliano (SP) - Foto
Samantha (Polônia) - Foto
Alvinho - Performance
Leo Rezende - pintura ao vivo com Anagrama
Jacaré - projeção de vídeos com Anagrama
Valeria Rey Soto (Espanha) - desenhos

Filme:
Aeroporto (PE) - Marcelo Pedroso
Bicho Lamparão (RJ) - Rafael Mazza
Pacífico (PE) - Jonathas de Andrade
Veio Peru (PE) - Jacaré
O ano passado em Itamaracá (PE) - Germano Rabello
Dia de Clássico (PE) - Travassos e Paulo Sano


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sabiá dia 3 e dia 5 dezembro. vá lá...

um sucesso do momento e um do passado

um sucesso do momento e um do passado


DJ SANDRO Minha mulher não deixa não

http://www.youtube.com/watch?v=cMByR6oCpfg
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Taliking Heads _ I Zimbra e Mind

http://www.youtube.com/watch?v=QArLuYyDu9M
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