quinta-feira, 21 de junho de 2007

Tyrannosaurus Rex : UNICORN (tirado do Acorde Final)

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Acorde Final é o blog da vez... tem muita coisa para baixar. Kiss, Headhunters, Queen, Gong, Hermeto Pascoal. Muita coisa de progressivo, jazz-fusion e hard rock.

http://datoneto.blogspot.com/

Mas eu escrevi (e muito, para os meus padrões) sobre o UNICORN do Tyrannosaurus Rex. Porque é um que eu conheço e gosto muito. Por aqui você vai encontrar o link pra baixá-lo:




http://datoneto.blogspot.com/2007/06/t-rex.html

ou diretamente no http://sharebee.com/e5dd2492

(aí escolha de qual servidor vai baixar, é uma resenha, eu sei: o Megaupload não vale :P )


ESSE DISCO Ë BOM MESMO.

Era uma vez uma época em que o T.Rex era Tyrannosaurus Rex, um duo formado por Marc Bolan no violão e Steve Peregrine Took na percussão. Era uma fase muito diferente: eles investiam em temas míticos e lendários, sem a verve rock'n'roll/boogie que caracterizaria o T.Rex. Em resumo, faziam uma música folk chapada para leitores de Tolkien. Tá, talvez seja uma descrição grosseira. UNICORN foi o terceiro disco deles, e como os anteriores, foi produzido por Tony Visconti (também notório produtor de Davi Bowie), que botava muita fé no futuro de Marc Bolan. A diferença é que estavam com um pouco mais de dinheiro e recursos tecnológicos, ao que se atribui uma melhora sensível no som deles (mas não pergunte isso a mim, pois ainda não ouvi os anteriores). Foi lançado em maio de 1969, e chegou ao 12o lugar na parada britânica, o que foi a melhor marca que essa formação da banda atingiu.

Pianos, violões, percussões, acordeons, efeitos de gravação, mas nenhuma guitarra. O álbum é de uma beleza atordoante, misturando a elegância inglesa com uma expressividade primal, compartilhando muita coisa com a musicalidade dos árabes e dos indianos. Esse exotismo está presente na própria vocalização de Marc Bolan, inconfundível. A construção das músicas é de uma simplicidade apaixonante, com as música seguindo caminhos tão naturais e ainda imprevisíveis, bonito de ouvir como cada melodia vai sendo esculpida e levando às suas ramificações, as partes se encaixando com perfeição. A percussão de Steve Took é um fator positivo. Os arranjos trabalham dentro de um universo limitado, simples, mas extraem grande efeito de todos os pequenos detalhes que são acrescentados. O que parecia ser restrito se torna infinito. Esse álbum é simultaneamente muito grande e muito pequeno. Grande porque a qualidade das música é assombrosa e pequeno porque o som deles não tem nada de espetacular ou estridente. Quanto às letras, realmente tratam de temas míticos atemporais, e atraem mais pela sonoridade do que pelo sentido. Pegue por exemplo “Stones for Avalon”. A canção repete versos como “Vamos roubar algumas estrelas para Avalon”, referindo-se à ilha onde repousaria o corpo do Rei Arthur. Mas Marc Bolan sempre foi um letrista de frases ilógicas e muito sonoras, imagens poéticas. Curiosidade: o radialista John Peel participa narrando uma estória infantil “Romany Soup”, no fim do disco.

Estou certo que o disco não é para todos e nem é para todos os momentos. É bem pra ser ouvido debaixo de uma árvore e totalmente hippie-krshna, mas de um jeito interessante, processado pela mente genial de Marc Bolan. E ressalte-se queas músicas são curtas e este disco foi listado entre os mais importantes do assim chamado gênero "freak folk".

P.S.: Uma fonte excelente para entender essa fase do Tyrannosaurus Rex:

http://members.cox.net/dregenold/marc/tyran.html

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