domingo, 1 de março de 2009

lá vem WATCHMEN

Eu esqueci de chamar atenção para um especial que rolou no GRITO! sobre Watchmen.
Tem vários textos, inclusive o meu e o de Hector Lima, além de desenhos de gente muito boa em homenagem a este clássico das HQs.

http://www.revistaogrito.com/page/17/02/2009/especial-watchmen/

O filme está chegando aí... dia 06 março, dizem.
Sobre ele, não tenho muita expectativa, dizem que será bem fiel, mas como se pode resumir uma HQ de doze edições, 400 páginas, em 163 minutos?
Acredito que vai ser mais um carnaval. Um monte de gente fantasiada de Watchmen, mas a essência vai estar muito longe... bom, eu ainda não vi nenhum filme desse Zack Snyder, mas algo me diz que não deve ser coisa boa. Se Os 300 de Esparta (outra adaptação de quadrinhos de Snyder) for metade tão ruim quanto Sin City foi (e parece que esse era o nível de "fidelidade" que eles queriam alcançar), então eu tô fora definitivamente.



De todo jeito, é um ótimo pretexto para se discutir e descobrir mais a respeito de uma obra-prima, que aliás estou relendo. Os capítulos sobre o Dr. Manhattan e Roschach são especialmente interessantes. E eu amo Os Contos do Cargueiro Negro. Alan Moore poderia tentar fazer algo do gênero novamente, de repente com o próprio Dave Gibbons. De todo jeito, a HQ também tem seus aspectos que não funcionam tanto.

E nestes dias tive oportunidade folhear a edição Absolute da obra, linda. E o livro de Dave Gibbons sobre os bastidores da criação de Watchmen, muitíssimo interessante. Só um lançamento desse nível já pode ser descrito como um efeito colateral positivo do filme. Interessante ler as anotações iniciais de Moore sobre a obra, o conceito surgir, as negociações com a DC.

Um aspecto importante e pouco comentado em Watchmen são as capas. Não se vê um herói ou situação de luta, ao contrário do que seria de esperar numa HQ super-heroística, são mostrados pequenos detalhes, pequenos objetos ampliados a uma escala macroscópica, o que para época era extremamente incomum e continua sendo pouco usual nos quadrinhos de grandes editoras. Um passo em direção às capas conceituais de Dave McKean, pode-se dizer.... É um crime que a primeira edição brasileira não tenha reproduzido todas as capas. Elas são lindas, gosto muito do design delas.




hasta la vista.

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