quinta-feira, 21 de outubro de 2010

HQs recomendadas

Leituras recomendadas:
QUADRINHOS



MUMIN, de Tove Jansson




A descoberta mais impactante pra mim desse ano em termos de estilo gráfico. MUMIN (no original, MOOMIN) foi concebida nos anos 40 pela sueca Tove Jansson, e mostra as aventuras de um ser inocente (um troll) sua família e seus amigos, sempre com um pouco de crítica social. A simplicidade e inventidade do desenho é a principal atração, aliada à habilidade de desenvolver roteiros absurdos mas sempre interessantes de se ler, sempre acessíveis. Coisa linda. É um desses quadrinhos que você se pergunta : COMO EU NUNCA OUVI FALAR DISSO ANTES? A leitura dele me fez imediatamente repensar a minha lista dos melhores quadrinhos de todos os tempos. Um tesouro pra toda família e as futuras gerações, em edição da Conrad.








NAMOR: AS PROFUNDEZAS, de Peter Milligan e Esad Ribic

É quase um milagre ver uma edição de capa dura ser vendida por cerca de 20 reais. E a boa notícia é que apesar de pertencer ao universo Marvel, esta certamente não é uma HQ de super-heróis. Se você esquecer do nome NAMOR, você vai ver que na verdade é um thriller, um filme de suspense sobre uma criatura misteriosa dos mares, que aterroriza os exploradores das águas abissais. É um belíssima edição, cortesia de um dos meus roteiristas preferidos, o inglês Peter Milligan (Enigma, X-Statix, Shade) e Esad Ribic, o cara que tem a melhor arte pintada dos quadrinhos nos últimos anos. Este artista aliás fez outra série muito boa e pouco óbvia da Marvel, a já clássica LOKI. Valeu, Panini Comics.













MAD de Harvey Kurtzman

Trata-se de um dos quadrinhos mais influentes de todos os tempos, a MAD quando era totalmente quadrinhos e tinha como título TALES CALCULATED TO DRIVE YOU MAD. Influenciou não só os maiores criadores da área (Robert Crumb, Alan Moore e muitos outros botam Harvey Kurtzman num pedestal) mas também o humor televisivo, cinematográfico. A MAD revolucionou a forma de se relacionar com o mundo pop, graças às suas sátiras implacáveis e muito criativas.

Uma pena que apesar de ser um material tão universalmente reconhecido, essa fase da MAD não tem nenhuma edição decente. Você encontra o formato de bolso de antologias como The Mad Reader, Son of MAD, etc.

As HQs de Kurtzman e sua gangue de colaboradores (Bill Elder, Wally Wood, Jack Davis, John Severin, etc.) abordavam de forma engraçada e muitas vezes crítica as estéticas predominantes e os personagens mais famosos. Estes quadrinhos dão à palavra "sátira" um significado muito mais elevado do que o de costume, em relação as sátiras que se costumam fazer por aí em qualquer meio de comunicação, e principalmente em relação as sátiras pouco inteligentes que a MAD vem publicando desde a saída de Kurtzman.

Consegui achar o link de uma dessa histórias geniais: MICKEY RODENT. Leia na íntegra.
http://johnglenntaylor.blogspot.com/2009/01/mickey-rodent-mad-19.html
Sua cultura básica agradece....

O roteirista foi um revolucionário nesse formato, adicionando poderosas doses de metalinguagem. Entre os momentos mais brilhantes, estão as tirações de onda com o Flash Gordon (Flesh Garden), Superman (Superduperman), Gasoline Alley (Gasoline Valley), Principe Valente (Prince Violent) e Pafúncio (uma HQ que alternava brilhantemente entre o mundo dos quadrinhos, desenhado por Bill Elder, e o mundo realista, desenhado por Bernie Krigstein).

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