quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Minha Sereia

Partindo pra Alagoas, embora não pra Pajuçara nem Maceió, deixo ocês com essa música.

....um ótimo reveião pra todos!

http://youtu.be/zVu0vleEQ-Q

2011

Esse ano não vou nem fazer muita retrospectiva, porque nem prestei tanta atenção assim, ou melhor: meu coração estava menos aberto.

Foi um ano infernal pra mim, sob alguns aspectos emocionais. De modo que meu comentário sobre 2011 é resumido pela fala de Adam Warlock em seus momentos finais.















"Pois neste período, as coisas que me importavam e que eu conquistei desmoronaram. Todos aqueles que eu amava agora jazem mortos. Minha vida foi um fracasso. Eu agradeço este fim".

Roteiro e arte de Jim Starlin, brilhante.

















CALMA gente meu ano nao foi tão ruim assim. Conquistei muitas coisas, fiz alguns passos importantes, e creio que 2012 vai ser uma época de colher frutos de alguns trabalhos q fiz.

Mas assim como Adam Warlock, eu agradeço este fim, pois significa um recomeço. E não, o mundo não vai acabar ano que vem, seus otários preguiçosos. Vocês ainda vão ter que viver!

Que venha 2012, com todas suas realizações alegrias e desafios!

PS: essas 3 imagens são de uma única e fatídica página da revista Warlock #11 (anos 70, o ano eu não sei). Eu "fatiei" pra que o blogger não diminuísse demais o tamanho delas, mas mesmo assim, clique pra ampliar.

Bootleg ´11

Ùltimas postagens do ano, tem algo que eu não botei aqui ainda por puro vacilo: a coletânea Bootleg ´11 do blog Outros Críticos. Eu participei com a arte da capa e uma faixa chamada "Assombrações" que a galera do blog curtiu a ponto de escolher como faixa de abertura. E estou em ótimas companhias. Da coleta participam: Graveola, Novanguarda, Jean Nicholas, HVB, Ana Ghandra, Trio Eterno, Flávia Muniz, Victor Toscano, Diaton, entre outros. São sempre gravações obscuras de autores do cenário independente. Já é, pelos meus cálculos, a 3a vez q eu participo. Todo ano tem: se ligue pra chegar junto na próxima. Saca lá no link.

http://outroscriticos.blogspot.com/2011/12/lancamento-bootleg11-coletanea.html

e pode ouvir por aqui tb

Coletânea Bootleg'11 by blogoutroscriticos

Boa fruição (freeeeeeeeescow!!!!!!!!!!)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

recife tecno brega

Na terça, fui a festa do Morro da Conceição, festa muito tradicional aqui no Recife. A gente parou num barzinho q o DJ tava botando grandes sucessos do tecno brega local. Tá rolando esse lance aí todo de "Novinha", palavra da moda, e eu ainda não tinha prestado muita atenção... Deve ter tocado umas 15 músicas com essa palavra! Cheias de segundas intenções. Tem algumas até envolventes, mas repetitivas demais. É curioso que a gente tenha chegado nesse ponto musical, retrocesso, porque todas essas músicas são de um primarismo absurdo.

Muitas das coisas que eu ouço e aprecio também são primitivas (rock pode ser muito primitivo), mas não sei, falta um elemento nessa parada, é tudo óbvio demais. Falta Liberdade, Individualidade (como também acontece nas rodas de pagode de hoje em dia: falta cuíca). Falta Destruição e Reconstrução. Falta melodia. E eu até curti uma ou outra, mas quando penso que o pessoal praticamente só ouve isso, cheira a lavagem cerebral. Existe uma certa louvação intelectual sobre esse circuito brega, mas acho que é coisa de quem não mora no morro e não aguentaria viver essa realidade. È legal você que mora em bairro classe média ouvir isso numa festa às vezes, mas você não aguentaria viver o tempo todo escutando isso. Você consome a música fora do contexto social suburbano, acha engraçado, faz um texto louvando a hipotética independência do circuito tecno-brega. É interessante mesmo o fato de se estar produzindo música local e gerando um público próprio. Mas acho que alguns textos romantizam isso. E aí o intelectual depois vai ouvir seu Chico Buarque. No morro, é diferente, você escutaria isso o tempo todo.

O ponto de vista masculino predomina, mas cheguei a ouvir música feita pelas mulheres, também revidando na mesma moeda. Talvez nesse universo não façam sentido os conceitos de machismo ou feminismo. As coisas são simplesmente "Ploc Ploc é o barulho da Tchequinha batendo no meu chicote", sem perigo de romantismo, sem reflexão, sem política. É como se o mundo fosse só esse sexo pelo sexo, tendo como alternativa a Igreja Universal. Parece que o sexo é uma coisa que está fora do mundo e aliena, é mecânica pura. De todo jeito, geralmente quem faz as músicas são uns caras adolescentes, que do dia pra noite viram estrelas nesse circuito brega dos subúrbios e além. Isso relativiza um pouco a questão dessa busca por ninfetas, mas ela ainda existe. Acho que esse tipo de letra sugere um desajuste social entre a mulher e o homem, causado por essa cultura esquizofrênica. Equilibra esse Yin-Yang, Recife.

http://youtu.be/qS4CmLzAN7w

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